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Alemanha pode dobrar deportações, diz coordenador

Cerca de 22.200 imigrantes foram deportados da Alemanha no ano passado e outros 37.220 retornaram ao país de origem voluntariamente


	Deportação: cerca de 22.200 imigrantes foram deportados da Alemanha no ano passado e outros 37.220 retornaram ao país de origem voluntariamente
 (Ozan Kose / AFP)

Deportação: cerca de 22.200 imigrantes foram deportados da Alemanha no ano passado e outros 37.220 retornaram ao país de origem voluntariamente (Ozan Kose / AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2016 às 13h30.

Berlim - A Alemanha deve intensificar as deportações de imigrantes que tiveram pedido de asilo negado, disse o coordenador do governo para Assuntos de Imigração, Peter Altmaier, aos jornais do grupo Funke Media.

De acordo com ele, cerca de 22.200 imigrantes foram deportados da Alemanha no ano passado e outros 37.220 retornaram ao país de origem voluntariamente.

"Uma referência realista para 2016 seria dobrar essas números - é por isso que os Estados devem agir", afirmou. Cerca de 1,1 milhão de imigrantes entraram na Alemanha no ano passado e o governo vem trabalhando para acelerar o processo de concessão de asilo ou deportação de indivíduos que não se qualificaram.

Até o momento, a maioria dos imigrantes deportados veio da região dos Bálcãs, após a Alemanha ter esclarecido que somente concederia asilo a pessoas fugindo de conflitos ou perseguição, e não aos que simplesmente pretendiam melhorar a situação econômica.

O país vem há meses trabalhando em um acordo com o Afeganistão, que permitirá que afegãos de áreas consideradas seguras sejam mandados de volta para casa.

Separadamente, Peter Altmaier defendeu o novo acordo da União Europeia (UE) com a Turquia, que busca reduzir o fluxo de migração para Europa e entrou em vigor na segunda-feira. "Está funcionando melhor do que todo mundo esperava", disse o coordenador para Assuntos de Imigração.

O número de recém-chegados à Alemanha caiu acentuadamente, mas autoridades atribuem a redução ao fechamento da rota de migração dos Bálcãs.

O acordo entre Turquia e UE recebeu duras críticas na primeira semana de implementação e deixou muitos imigrantes que pretendiam chegar à Europa no litoral turco. "Nossa meta era e ainda é reduzir claramente o número de refugiados", explicou Altmaier, que também é chefe do gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel. Fonte: Associated Press.

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