Bashar Al-Assad: o governo acredita que a responsabilidade do ataque com armas químicas da semana passada é do regime sírio (SANA/Handout/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de abril de 2017 às 09h45.
Berlim - O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse nesta segunda-feira que a longo prazo o presidente sírio, Bashar Al-Assad, não pode fazer parte de uma solução ao conflito de seu país, em vista dos crimes que cometeu contra seu povo.
"Estamos convencidos de que, em vista dos crimes que cometeu contra seu próprio povo, uma solução a longo prazo com Assad no poder não é imaginável", apontou Seibert na entrevista coletiva habitual de porta-vozes governamentais.
O porta-voz de Exteriores, Martin Schäfer, da sua parte, disse que o governo parte da base de que a responsabilidade do ataque com armas químicas da semana passada é do regime sírio.
Por isso, Schäfer voltou a qualificar de "compreensível" a resposta militar de Estados Unidos, como vem fazendo o governo alemão desde sexta-feira.
O ministro de Exteriores, Sigmar Gabriel, falou por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, que, segundo Schäfer, se mostrou disposto a abrir uma "investigação objetiva" sobre o ataque com gás venenoso.
Seibert indicou que a posição alemã com relação à Síria não mudou e continua se baseando na ideia de que não haverá uma solução somente militar.
"Em primeiro lugar, o conflito em Síria não tem solução militar e o primeiro que tem que assumir isso é Assad como principal responsável", opinou Seibert.
Por isso, o porta-voz apelou aos aliados de Assad, Moscou e Teerã, que exerçam sua influência sobre ele para que abra passagem a uma solução política.
Além disso, pediu à Rússia e ao Irã que influenciem sobre Assad para que respeite certos limites durante a guerra.