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Alemanha controlará fronteiras por logística e segurança

O porta-voz do governo alemão disse em um encontro de rotina com jornalistas que a "introdução de controles na fronteira não significa um fechamento"


	Homem com uma criança de colo desembarca na Alemanha: o governo espera "um processo mais controlado", admitindo que as autoridades querem saber "quem está entrando e quais são seus passados"
 (Reuters)

Homem com uma criança de colo desembarca na Alemanha: o governo espera "um processo mais controlado", admitindo que as autoridades querem saber "quem está entrando e quais são seus passados" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 08h26.

Berlim - A Alemanha afirmou nesta segunda-feira que não fechou suas fronteiras, mas só começou a controlar a passagem na divisa com a Áustria para registrar os refugiados que chegam ao país por motivos logísticos e de segurança.

O porta-voz do governo alemão, Stefan Seibert, disse em um encontro de rotina com jornalistas que a "introdução de controles na fronteira não significa um fechamento".

"Alguns refugiados seguirão entrando", completou Seibert sobre os imigrantes que solicitarem asilo político na fronteira, deixando em aberto o futuro daqueles que não apresentarem documentos ou aleguem motivos econômicos para entrar na Alemanha.

Os motivos da medida, anunciada ontem pelo ministro do Interior, Thomas de Maizière, são de caráter logístico e organizacional, mas também devido à segurança nacional.

O porta-voz disse que o governo espera "um processo mais controlado", admitindo que as autoridades querem saber "quem está entrando e quais são seus passados".

"As questões de segurança não podem ser deixadas de lado quando se trata de centenas de milhares de pessoas", disse Seibert.

No entanto, o porta-voz do Executivo destacou que a Alemanha seguirá atuando nesta crise de humanidade, já que o país continuará cumprindo com suas obrigações legais e com o direito internacional.

Seibert afirmou que a Alemanha está atuando conforme o "exigido pela situação" e negou que o governo da chanceler Angela Merkel tenha promovido uma mudança brusca em sua política sobre a crise de refugiados com as novas medidas.

A Alemanha prevê que cheguem ao país neste ano 800 mil refugiados, número quatro vezes maior do que no ano passado e que representa um novo recorde.

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