Alemanha considera positiva leitura crítica de "Mein Kampf"
O governo alemão considera que a nova edição comentada do polêmico livro de Adolf Hitler deve ser estudada nos colégios do país
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 07h28.
Berlim - O governo alemão considera que a nova edição comentada do polêmico livro "Mein Kampf" (Minha luta), de Adolf Hitler , deve ser estudada nos colégios do país para que o discurso do ditador nazista não fique sem resposta.
Essa declaração foi feita pela ministra de Cultura alemã, a democrata-cristã Johanna Wanka, em entrevista divulgada nesta quinta-feira pelo jornal "Passauer Neue Presse" devido à iminente publicação de uma edição do livro do ditador comentada por especialistas do Instituto de História Recente (IfZ) de Munique.
"Os estudantes também terão dúvidas e é bom que elas sejam tiradas em sala de aula, que seja possível falar sobre o tema", afirmou a ministra.
Wanka espera que a partir de 2016 haja um livro "com uma avaliação científica" à disposição dos cidadãos "para que as mensagens de Hitler não fiquem sem resposta".
"A edição crítica do IfZ tem como objetivo contribuir para a educação política e está escrito para que possa ser entendido pelo público geral", garantiu a ministra.
No fim deste ano, coincidindo com os 70 anos da morte de Hitler, expiram os direitos autorais do "Mein Kampf", uma obra de 700 páginas que mistura o relato autobiográfico e a propaganda política na qual o líder nazista expõe claramente sua ideologia nacionalista, racista e violenta.
A partir de janeiro, o livro poderá ser livremente editado na Alemanha, o que até agora não tinha acontecido porque o estado federado da Baviera, dono dos direitos autorais, tinha impedido sua publicação.
Antecipando-se a uma possível publicação não comentada, o IfZ elaborou uma edição crítica com milhares de notas com cerca de 2 mil páginas e tiragem reduzida.
Berlim - O governo alemão considera que a nova edição comentada do polêmico livro "Mein Kampf" (Minha luta), de Adolf Hitler , deve ser estudada nos colégios do país para que o discurso do ditador nazista não fique sem resposta.
Essa declaração foi feita pela ministra de Cultura alemã, a democrata-cristã Johanna Wanka, em entrevista divulgada nesta quinta-feira pelo jornal "Passauer Neue Presse" devido à iminente publicação de uma edição do livro do ditador comentada por especialistas do Instituto de História Recente (IfZ) de Munique.
"Os estudantes também terão dúvidas e é bom que elas sejam tiradas em sala de aula, que seja possível falar sobre o tema", afirmou a ministra.
Wanka espera que a partir de 2016 haja um livro "com uma avaliação científica" à disposição dos cidadãos "para que as mensagens de Hitler não fiquem sem resposta".
"A edição crítica do IfZ tem como objetivo contribuir para a educação política e está escrito para que possa ser entendido pelo público geral", garantiu a ministra.
No fim deste ano, coincidindo com os 70 anos da morte de Hitler, expiram os direitos autorais do "Mein Kampf", uma obra de 700 páginas que mistura o relato autobiográfico e a propaganda política na qual o líder nazista expõe claramente sua ideologia nacionalista, racista e violenta.
A partir de janeiro, o livro poderá ser livremente editado na Alemanha, o que até agora não tinha acontecido porque o estado federado da Baviera, dono dos direitos autorais, tinha impedido sua publicação.
Antecipando-se a uma possível publicação não comentada, o IfZ elaborou uma edição crítica com milhares de notas com cerca de 2 mil páginas e tiragem reduzida.