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Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2014 às 15h51.
Três famílias da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/alemanha">Alemanha</a></strong> que tiveram parentes mortos na queda do voo MH17 da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/malaysia-airlines">Malaysia Airlines</a></strong> planejam processar a <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ucrania">Ucrânia</a></strong> por negligência, segundo informações da Associated Press.</p>
A revista semanal Bild am Sonntag publicou que o advogado Elmar M. Giemulla pretende entrar com um processo na Corte Europeia de Direitos Humanos em Strasbourg, na França, demandando um milhão de euros em compensação por cada vítima.
O MH17 foi abatido em julho quando voava com 298 pessoas a bordo sobre o território controlado por rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano.
Um relatório recente elaborado por autoridades na Holanda, país de origem de muitas das vítimas, não culpou nenhum dos lados pela queda do avião.
Giemulla, especialista em direito aeronáutico, argumenta que a Ucrânia deveria ter fechado seu espaço aéreo, uma vez que não poderia garantir a segurança dos aviões na zona de conflito.
Ele afirmou que as famílias de outras vítimas podem se unir ao processo e que, posteriormente, pode mover uma ação separada contra a Rússia se houver fatos suficientes para comprovar o envolvimento do governo de Moscou.
Os governos ocidentais têm acusado a Rússia de armar os rebeldes, mas não há provas de que o governo russo ordenou o ataque ao avião.
Giemulla ainda acrescentou que a Malaysia Airlines, embora também possa ser criticada por voar sobre território perigoso, também deveria ser considerada uma vítima.