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Além da verborragia, Jobim tinha sonho de ser presidente

Aos 65 anos, Nelson Jobim é um misto de político e jurista que ocupou sempre cargos de primeira linha nos três Poderes da República, mas ele quer mais

Nelson Jobim sofre com uma espécie de incontinência verbal em que revela segredos pessoais e o leva a fazer seguidas críticas a seus pares (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 10h39.

Brasília - Aos 65 anos, Nelson Jobim é um misto de político e jurista que ocupou sempre cargos de primeira linha nos três Poderes da República. No Legislativo, foi líder do PMDB na Constituinte (1987/88), embora deputado de primeiro mandato; no Judiciário, foi presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); no Executivo, foi ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso e da Defesa nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Em todos, envolveu-se em polêmicas.

Mesmo com sua carreira bem-sucedida, Jobim quer mais. Busca reposicionar-se politicamente, de forma a aparecer como o nome do PMDB numa disputa pela Presidência da República em 2014, caso o partido se desgrude do PT. Nos últimos meses, tornou-se uma espécie de consultor e conselheiro de um grupo de senadores não-alinhados com a direção peemedebista, entre eles Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE). É nesse núcleo que considera viável construir o caminho que o leve à Presidência.

Se, por um lado, Jobim construiu sua biografia em cima de atos voluntariosos e posições de destaque, por outro sofre com uma espécie de incontinência verbal em que revela segredos pessoais e o leva a fazer seguidas críticas a seus pares ou a deixar no ar palavras de efeito ambíguo. Na festa de aniversário de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, disse que era preciso entender que os tempos mudaram. E, evocando o dramaturgo Nelson Rodrigues, afirmou: "O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia".

Da fala, ficou a suspeita de que estava chamando aqueles com os quais convive de idiotas. Ao se explicar, disse que falava dos jornalistas.

"E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Aos 65 anos, Nelson Jobim é um misto de político e jurista que ocupou sempre cargos de primeira linha nos três Poderes da República. No Legislativo, foi líder do PMDB na Constituinte (1987/88), embora deputado de primeiro mandato; no Judiciário, foi presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); no Executivo, foi ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso e da Defesa nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Em todos, envolveu-se em polêmicas.

Mesmo com sua carreira bem-sucedida, Jobim quer mais. Busca reposicionar-se politicamente, de forma a aparecer como o nome do PMDB numa disputa pela Presidência da República em 2014, caso o partido se desgrude do PT. Nos últimos meses, tornou-se uma espécie de consultor e conselheiro de um grupo de senadores não-alinhados com a direção peemedebista, entre eles Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE). É nesse núcleo que considera viável construir o caminho que o leve à Presidência.

Se, por um lado, Jobim construiu sua biografia em cima de atos voluntariosos e posições de destaque, por outro sofre com uma espécie de incontinência verbal em que revela segredos pessoais e o leva a fazer seguidas críticas a seus pares ou a deixar no ar palavras de efeito ambíguo. Na festa de aniversário de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, disse que era preciso entender que os tempos mudaram. E, evocando o dramaturgo Nelson Rodrigues, afirmou: "O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia".

Da fala, ficou a suspeita de que estava chamando aqueles com os quais convive de idiotas. Ao se explicar, disse que falava dos jornalistas.

"E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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