Ajuda humanitária começa a chegar em áreas mais remotas da Indonésia
O governo aceitou a ajuda de 17 países para o envio de aviões de transporte, geradores, tendas e tratamento de água
EFE
Publicado em 6 de outubro de 2018 às 08h35.
Palu (Indonésia)- As equipes de resgate da Indonésia começam a enviar a ajuda aos sobreviventes nas áreas mais remotas da ilha de Celebes afetadas há oito dias por um terremoto e tsunami que provocou mais de 1,5 mil mortes, informaram neste sábado fontes humanitárias.
A população de Donggala e outras zonas de difícil acesso, como o município de Sigi, são alguns dos pontos onde começa a fluir a assistência prestada pelas autoridades e ONGs locais, segundo disse à Agência Efe, a porta-voz da Cruz Vermelha, Iris Van Deinse.
A organização distribuiu ontem lonas impermeáveis para 1 mil famílias em Donggala e Balaroa, um dos bairros mais afetados de Palu, e onde o braço indonésio da Cruz Vermelha conta com sete caminhões-pipa com água potável, acrescentou Van Deinse.
Um helicóptero da ONG e vários do exercito voam para as zonas cujo acesso por terra ficou cortado para assegurar o fornecimento de mantimentos e ajuda básica para a população.
Na última quarta-feira, o governo indonésio aceitou a oferta de ajuda de 17 países dos 29 que se voluntariaram para o envio de aviões de transporte, geradores, tendas e tratamento de água.
No entanto, as autoridades indonésias mantêm restrições na colaboração de organizações internacionais, incluindo agentes de saúde e especialistas em busca e resgate, como os que chegaram da Índia, França e Espanha.
Enquanto isso, prosseguem os trabalhos para o restabelecimento na região dos serviços básicos como o fornecimento de energia elétrica.
Em Palu, bancos e comércios estão abertos e o caos na distribuição de alimentos, água e gasolina dos primeiros dias se acalmou com a chegada de várias organizações nacionais, partidos políticos e outros grupos que participam dos trabalhos de assistência.
Os corpos continuam sendo retirados com frequência das zonas mais afetadas, como a cidade de Petobo, ou Balaroa, onde as ONGs no local estimam que mais de 1 mil pessoas podem estar soterradas.