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Airbus lamenta violação de sigilo de perícia sobre Rio-Paris

A fabricante lamentou a violação do sigilo de sumário, após divulgação de elementos de perícia da investigação do acidente do voo Rio-Paris da Air France


	Destroços do voo Rio-Paris: conclusões da perícia foram reveladas parcialmente
 (AFP)

Destroços do voo Rio-Paris: conclusões da perícia foram reveladas parcialmente (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 08h50.

Paris - A fabricante europeia de aviões Airbus lamentou nesta quinta-feira a violação do sigilo de sumário após a divulgação, durante a semana, de elementos de uma perícia judicial da investigação do acidente do voo Rio-Paris da Air France de 2009.

"A Airbus lamenta que o segundo relatório estabelecido pelo colégio de especialistas independentes nomeado pelo juiz de instrução tenha sido transmitido à imprensa para ser publicado, em violação ao sigilo de sumário", afirmou a empresa.

As conclusões da perícia, que aparentemente inocentam em parte a Airbus, foram reveladas parcialmente na terça-feira pela imprensa.

No documento, com data de 30 de abril e solicitado um ano antes pelos juízes franceses a pedido da Airbus, os especialistas apontam a responsabilidade da tripulação, que teve uma reação "inapropriada".

Também acusam a companhia Air France, que não divulgou diretrizes claras após a falha repetida das sondas de velocidade Pitot, ponto de origem do acidente.

Na quarta-feira, a Air France anunciou que solicitaria a anulação do relatório por considerar que foi elaborado "de forma unilateral e não contraditória".

A Airbus afirmou nesta quinta-feira que "não comenta processos judiciais em curso".

O acidente com um A330 da Air France na costa do Brasil em 1º de junho de 2009 matou 228 pessoas.

O Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que fez a investigação técnica, concluiu que a catástrofe pode ser atribuída a uma combinação de falhas técnicas e humanas.

Com base nessa conclusão, Air France e Airbus estão sendo processadas pela justiça francesa desde março de 2011 por homicídios culposos.


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