AIEA faz relatório das dimensões militares nucleares do Irã
O diretor-geral da AIEA destacou que inspetores puderam "esclarecer suficientes elementos para dar uma análise da imagem completa" do programa nuclear
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 08h53.
Viena - A Junta da AIEA , a agência nuclear da ONU, iniciou nesta terça-feira em Viena uma reunião extraordinária para fechar a investigação sobre as possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã e aplanar assim o caminho para a efetiva entrada em vigor do acordo atômico assinado em julho entre o país e o G5+1.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, destacou hoje que seus inspetores puderam "esclarecer suficientes elementos para poder dar uma análise da imagem completa" do programa nuclear iraniano.
Essa análise, enviada há duas semanas aos países-membros da AIEA, concluiu que o Irã teve tentativas coordenadas para obter um dispositivo explosivo nuclear, principalmente até 2003.
Entre 2003 e 2009 houve ainda atividades limitadas, sobretudo em nível de estudos científicos e de viabilidade, embora desde 2009, a AIEA já não tenha mais nenhuma evidência de novas tentativas.
Assim que esse relatório for aceito pelos 35 países-membros da Junta, fica aberto o caminho para a entrada em vigor do acordo nuclear assinado há cinco meses, em 14 de julho.
Ele prevê a limitação de diversos aspectos do programa nuclear do Irã durante um período que varia entre 10 e 25 anos em troca do fim das sanções internacionais contra a República Islâmica.
Segundo diplomatas consultados em Viena nos últimos dias, o tratado poderia entrar em vigor em meados de janeiro, desde que o Irã cumpra todas as exigências.
Verificar esse cumprimento é tarefa da AIEA, assim como a futura execução do acordo, destacou Amano.
"Fez-se um significativo progresso no assunto nuclear do Irã, mas agora não chegou o momento de relaxar. Este assunto tem uma longa e complexa história, e o legado de desconfiança entre Irã e a comunidade internacional deve ser superado", concluiu o diretor-geral da AIEA.
Grande parte da comunidade internacional, sobretudo as potências ocidentais, temeram durante mais de uma década que os esforços nucleares do Irã tivessem na realidade fins militares, o que Teerã sempre negou.
Após quase dois anos de negociações de alto nível político e técnico, o Irã e o grupo G5+1 (formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha) assinaram o acordo que pôs limites em seu programa nuclear em troca do fim das sanções que asfixiam a economia iraniana.
Viena - A Junta da AIEA , a agência nuclear da ONU, iniciou nesta terça-feira em Viena uma reunião extraordinária para fechar a investigação sobre as possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã e aplanar assim o caminho para a efetiva entrada em vigor do acordo atômico assinado em julho entre o país e o G5+1.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, destacou hoje que seus inspetores puderam "esclarecer suficientes elementos para poder dar uma análise da imagem completa" do programa nuclear iraniano.
Essa análise, enviada há duas semanas aos países-membros da AIEA, concluiu que o Irã teve tentativas coordenadas para obter um dispositivo explosivo nuclear, principalmente até 2003.
Entre 2003 e 2009 houve ainda atividades limitadas, sobretudo em nível de estudos científicos e de viabilidade, embora desde 2009, a AIEA já não tenha mais nenhuma evidência de novas tentativas.
Assim que esse relatório for aceito pelos 35 países-membros da Junta, fica aberto o caminho para a entrada em vigor do acordo nuclear assinado há cinco meses, em 14 de julho.
Ele prevê a limitação de diversos aspectos do programa nuclear do Irã durante um período que varia entre 10 e 25 anos em troca do fim das sanções internacionais contra a República Islâmica.
Segundo diplomatas consultados em Viena nos últimos dias, o tratado poderia entrar em vigor em meados de janeiro, desde que o Irã cumpra todas as exigências.
Verificar esse cumprimento é tarefa da AIEA, assim como a futura execução do acordo, destacou Amano.
"Fez-se um significativo progresso no assunto nuclear do Irã, mas agora não chegou o momento de relaxar. Este assunto tem uma longa e complexa história, e o legado de desconfiança entre Irã e a comunidade internacional deve ser superado", concluiu o diretor-geral da AIEA.
Grande parte da comunidade internacional, sobretudo as potências ocidentais, temeram durante mais de uma década que os esforços nucleares do Irã tivessem na realidade fins militares, o que Teerã sempre negou.
Após quase dois anos de negociações de alto nível político e técnico, o Irã e o grupo G5+1 (formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha) assinaram o acordo que pôs limites em seu programa nuclear em troca do fim das sanções que asfixiam a economia iraniana.