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AIEA considera extraordinário esforço do Japão em Fukushima

O grupo de 12 especialistas concluiu nesta sexta missão de oito dias no Japão para avaliar os planos de descontaminação das áreas afetadas pelo acidente de Fukushima

Os analistas fizeram recomendações às autoridades japonesas, como classificar melhor os escombros retirados na região e focar na campanha de informação sobre a radioatividade (Ho/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 14h31.

Tóquio - Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou nesta sexta-feira o plano do Japão para recuperar as áreas afetadas pela radioatividade vazada da usina nuclear de Fukushima e destacou o extraordinário esforço do país para solucionar a crise.

Com a participação de 12 especialistas e sob a coordenação de Juan Carlos Lentijo, o grupo concluiu nesta sexta missão de oito dias no Japão para avaliar a estratégia e os planos das autoridades japonesas para descontaminação das áreas afetadas pelo acidente de Fukushima.

A missão teve trabalho de campo, discussões e reuniões intensas, detalhou a Agência Efe Lentijo, quem elogiou o bem fundamentado programa de recuperação do Japão, com apoio político e da população, uma boa infraestrutura tecnológica, recursos e condições para colocar em prática.

No relatório preliminar apresentado nesta sexta-feira em Tóquio, os especialistas demonstraram otimismo e consideraram que o Japão deve continuar com seus esforços de recuperação, que aos poucos a população afetada pelas consequências do acidente recuperará a tranquilidade.

'O programa de recuperação será longo, mas há prioridades importantes que permitirão obter resultados de curto, médio e longo prazo', alguns dos quais já são visíveis, como a rápida evacuação e limpeza das escolas, 'um indicador do compromisso do Japão', acrescentou Lentijo.

Pelo relatório, Japão desenvolveu um programa eficiente para a recuperação das áreas afetadas baseado na atribuição de recursos legais, financeiros e tecnológicos, dando prioridade às crianças.

A AIEA assinalou que o país adotou medidas práticas para informar a opinião pública e envolver os moradores e as instituições locais na hora de definir sua estratégia.

Os analistas fizeram recomendações às autoridades japonesas, como classificar melhor os escombros retirados na região e focar na campanha de informação sobre a radioatividade à população e não os índices ambientais de contaminação.

Entre as advertências da AIEA a falta de sinalização nas áreas de evacuação decretadas pelo Governo. Muitas delas têm livre acesso, por isso pediu utilização indicadores de rotas apropriadas. Os especialistas destacaram o constante apoio das autoridades locais e dos habitantes à missão e expressaram o desejo de continuar o trabalho para mostrar o grande desafio que enfrenta o Japão e compartilhar suas conquistas à comunidade internacional.

Lentijo, diretor técnico de Proteção Radiológica do Conselho de Segurança Nuclear (CSN), ressaltou após a visita à central a importância do plano aprovado pelo Governo, que prevê concluir a crise em janeiro de 2012.

Com relação à contaminação radioativa nos alimentos, lembrou que já há restrições de distribuição nas áreas afetadas e considerou que 'o sistema de controle é restrito', o que permite detectar anomalias.

'O elemento a controlar são as áreas adjacentes, nas quais não há índices de radioatividade e podem ocorrer situações pontuais que exijam atuação', advertiu.

Está previsto que o relatório final sobre a missão que acaba de concluir seja apresentado ao Governo do Japão em novembro.

Em setembro, o Governo japonês calculou que o custo da limpeza das áreas afetadas pela radioatividade poderia ascender cerca de 2,150 bilhões.

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Tóquio - Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou nesta sexta-feira o plano do Japão para recuperar as áreas afetadas pela radioatividade vazada da usina nuclear de Fukushima e destacou o extraordinário esforço do país para solucionar a crise.

Com a participação de 12 especialistas e sob a coordenação de Juan Carlos Lentijo, o grupo concluiu nesta sexta missão de oito dias no Japão para avaliar a estratégia e os planos das autoridades japonesas para descontaminação das áreas afetadas pelo acidente de Fukushima.

A missão teve trabalho de campo, discussões e reuniões intensas, detalhou a Agência Efe Lentijo, quem elogiou o bem fundamentado programa de recuperação do Japão, com apoio político e da população, uma boa infraestrutura tecnológica, recursos e condições para colocar em prática.

No relatório preliminar apresentado nesta sexta-feira em Tóquio, os especialistas demonstraram otimismo e consideraram que o Japão deve continuar com seus esforços de recuperação, que aos poucos a população afetada pelas consequências do acidente recuperará a tranquilidade.

'O programa de recuperação será longo, mas há prioridades importantes que permitirão obter resultados de curto, médio e longo prazo', alguns dos quais já são visíveis, como a rápida evacuação e limpeza das escolas, 'um indicador do compromisso do Japão', acrescentou Lentijo.

Pelo relatório, Japão desenvolveu um programa eficiente para a recuperação das áreas afetadas baseado na atribuição de recursos legais, financeiros e tecnológicos, dando prioridade às crianças.

A AIEA assinalou que o país adotou medidas práticas para informar a opinião pública e envolver os moradores e as instituições locais na hora de definir sua estratégia.

Os analistas fizeram recomendações às autoridades japonesas, como classificar melhor os escombros retirados na região e focar na campanha de informação sobre a radioatividade à população e não os índices ambientais de contaminação.

Entre as advertências da AIEA a falta de sinalização nas áreas de evacuação decretadas pelo Governo. Muitas delas têm livre acesso, por isso pediu utilização indicadores de rotas apropriadas. Os especialistas destacaram o constante apoio das autoridades locais e dos habitantes à missão e expressaram o desejo de continuar o trabalho para mostrar o grande desafio que enfrenta o Japão e compartilhar suas conquistas à comunidade internacional.

Lentijo, diretor técnico de Proteção Radiológica do Conselho de Segurança Nuclear (CSN), ressaltou após a visita à central a importância do plano aprovado pelo Governo, que prevê concluir a crise em janeiro de 2012.

Com relação à contaminação radioativa nos alimentos, lembrou que já há restrições de distribuição nas áreas afetadas e considerou que 'o sistema de controle é restrito', o que permite detectar anomalias.

'O elemento a controlar são as áreas adjacentes, nas quais não há índices de radioatividade e podem ocorrer situações pontuais que exijam atuação', advertiu.

Está previsto que o relatório final sobre a missão que acaba de concluir seja apresentado ao Governo do Japão em novembro.

Em setembro, o Governo japonês calculou que o custo da limpeza das áreas afetadas pela radioatividade poderia ascender cerca de 2,150 bilhões.

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