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Ahmadinejad: unilateralismo dos EUA deve ser demolido

Brasília - No segundo dia de viagem à China - país que apoiou as sanções ao Irã no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) -, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou hoje (11) que os Estados Unidos não vão controlar o Oriente Médio. Segundo ele, o presidente norte-americano, Barack Obama, atua para desviar a […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - No segundo dia de viagem à China - país que apoiou as sanções ao Irã no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) -, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou hoje (11) que os Estados Unidos não vão controlar o Oriente Médio. Segundo ele, o presidente norte-americano, Barack Obama, atua para desviar a atenção internacional sobre temas de relevância, como o ataque israelense a uma fronta de navios com ajuda humanitária, na semana passada.

Para Ahmadinejad, há um "hábito" na cultura política dos Estados Unidos de "interferir em assuntos internos dos [outros] países". Segundo ele, há uma tendência mundial de os países se tornarem cada vez mais autônomos e distantes da influência política dos norte-americanos "os Estados independentes em breve vão expandir [sua força] e o unilateralismo deve ser demolido".

As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna. Ao classificar as habilidades políticas de Obama, o iraniano o chamou de incompetente.

Ahmadinejad disse ainda que o Irã, como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas (TNP), atua em colaboração para o uso de energia nuclear com fins pacíficos. A afirmação dele é uma resposta à desconfiança, levantada pelos Estados Unidos e seguida pela maior parte da comunidade internacional, de que o programa nuclear iraniano esconderia a produção de armas atômicas.

"O fornecimento de combustível para o reator nuclear de Teerã, anualmente, atende às necessidades do urânio enriquecido a 20% com o objetivo de atender às demandas provocadas por 800 mil pacientes", disse o presidente iraniano.

Ahmadinejad elogiou os esforços do Brasil e da Turquia, que atuaram como intermediadores no último dia 17, para o fechamento do acordo nuclear - que determina a troca de urânio levemente enriquecido pelo produto a 20%.

O Brasil e a Turquia votaram contra a adoção de sanções ao Irã na sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, anteontem (8), que aprovou o pacote de medidas contra o país de Ahmadinejad. A decisão foi definida por 12 votos favoráveis, 2 contrários e 1 abstenção. "Agradeço ao Brasil e à Turquia por darem o voto negativo para a resolução da ONU", disse o presidente do Irã.

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