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Água começa a baixar no sul do Paquistão

Situação melhora na cidade de Tatta, atingida pela cheia do rio Indo, que obrigou todos seus moradores a fugirem

Paquistaneses caminham em região alagada em Tando Hafiz Shah, a cerca de 60 km de Tatta, no Paquistão (Rizwan Tabassum/AFP)

Paquistaneses caminham em região alagada em Tando Hafiz Shah, a cerca de 60 km de Tatta, no Paquistão (Rizwan Tabassum/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Tatta, Paquistão - A cheia no vale do rio Indo começou a ceder e desviou seu curso da cidade de Tatta, abandonada por seus habitantes, anunciaram nesta segunda-feira as autoridades do sul do Paquistão, país devastado há mais de um mês pelas mais graves inundações de sua história.

Em uma semana, milhões de pessoas fugiram de suas casas na província meridional de Sind, à medida que a violenta cheia do Indo rompia os diques e avançava para a foz no Mar de Omã.

"A água está recuando para o mar o nível baixa. Muitos moradores começam a retornar para casa", declarou nesta segunda-feira à AFP Hadi Bajsh Kalhoro, um alto funcionário do governo do distrito de Tatta, a zona mais afetada da província de Sind.

Durante os últimos dias, 300.000 habitantes de Tatta fugiram da cidade em consequência do alagamento. Militares e operários civis trabalham intensamente há quatro dias para tentar tapar um grande buraco no principal dique de proteção da cidade.

O nível da água na represa principal da região, Kotri, perto da cidade de Hyderabad, baixou, segundo o diretor do Departamento de Meteorologia Nacional, Qamar-uz-Zaman Chaudhry.

Mas Chaundhry destacou que o perigo não foi totalmente descartado, sobretudo nos locais em que os diques sofreram avarias.


O vale do Indo, na província de Sind, se transformou nos últimos dias na região mais inundada do Paquistão, à medida que nas outras - fundamentalmente o norte e o centro - a água dá lugar ao barro, na pior catástrofe humanitária da história deste país de 170 milhões de habitantes.

No distrito, ao redor da cidade de Tatta, os campos e os vilarejos desapareceram debaixo de um gigantesco lago de água barrenta. Alguns desabrigados se instalaram no topo dos diques que resistiram à força das inundações.

Mais de um mês depois do início das inundações no Paquistão, quase oito milhões de pessoas, incluindo cinco milhões de desabrigados, precisam de ajuda urgente, segundo a ONU. A fuga em massa de Sind seguramente aumentará os números.

O balanço de 1.600 mortos também aumentará consideravelmente com a chegada das equipes de resgete.

Desde o início de agosto, mais de sete milhões de pessoas foram afetadas na província de Sind, incluindo mais de um milhão entre sexta-feira e sábado, segundo a ONU e as autoridades locais.

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