Agência europeia diz 'ainda não ter conclusão' sobre vacina da AstraZeneca
Após publicação de jornal italiano, reproduzida pela agência AFP, a EMA disse nesta terça-feira que não foi possível ainda encontrar relação entre casos de coágulo e a vacina da AstraZeneca
AFP
Publicado em 6 de abril de 2021 às 10h18.
Última atualização em 6 de abril de 2021 às 11h57.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) declarou, nesta terça-feira (6), que continua avaliando se a vacina da AstraZeneca contra o coronavírus tem relação com a formação de coágulos sanguíneos.
Anteriormente, agência AFP relatou que autoridade da Agência Europeia de Medicamentos havia confirmado o vínculo entre a vacina e os casos registrados da doença
Em nota à AFP, o comitê de segurança da agência afirma "ainda não ter chegado a uma conclusão e o exame está em curso".
O comunicado acrescenta que uma decisão a esse respeito deve ser anunciada "amanhã (quarta, 7 de abril), ou na quinta-feira (8 de abril)".
A reação da EMA é uma resposta à entrevista dada pelo diretor de estratégia de vacinas desta agência, Marco Cavaleri, ao jornal italiano Il Messaggero. Nela, o especialista confirmou uma "ligação" entre a vacina da AstraZeneca e os casos de trombose registrados nas pessoas que receberam esse imunizante.
“Agora podemos dizer, está claro que há uma ligação com a vacina, que provoca essa reação. Porém, ainda não sabemos o porquê (...) Resumindo, nas próximas horas vamos dizer que existe uma ligação, mas ainda temos que entender por que isso acontece", diz Cavaleri a Il Messaggero.
Há várias semanas, surgiram suspeitas de possíveis efeitos colaterais graves, ainda que raros, entre pessoas vacinadas com a AstraZeneca. Seriam casos de trombose atípica. Alguns deles já causaram mortes.
No Reino Unido, houve 30 casos e sete óbitos de um total de 18,1 milhões de doses administradas até 24 de março.
Para a AstraZeneca, os benefícios do antídoto do laboratório anglo-sueco na prevenção da covid-19 superam os riscos de efeitos colaterais. No sábado (3), o grupo garantiu que a "segurança do paciente" é sua "maior prioridade".