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África do Sul vive distúrbios entre polícia e universitários

Os manifestantes reivindicam uma educação superior "descolonizada" e gratuita para todos, e se comprometeram a boicotar as aulas até que consigam seus objetivos

Protestos: a polícia disparou balas de borracha contra os estudantes que tentavam interromper as aulas (Mike Hutchings/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 15h01.

Johanesburgo - Estudantes universitários enfrentaram novamente a polícia nesta segunda-feira depois da detenção no final de semana de um líder dos protestos na África do Sul , que já enfrenta sua quinta semana de distúrbios e manifestações que exigem educação superior gratuita para todos.

Os incidentes ocorreram na Universidade de Witwatersrand (Wits) de Johanesburgo e na Universidade da Cidade do Cabo (UCT), os dois epicentros de mobilizações estudantis que já terminaram com dezenas de detenções e numerosos danos em campus e ruas de todo o país.

Após uma madrugada de protestos em Wits contra a decisão do reitor de fechar as residências noturnas para evitar novos distúrbios na universidade, alguns estudantes interromperam nesta manhã o trânsito de uma zona universitária de Johanesburgo, e a polícia os dispersou com balas de borracha.

Pouco depois, um dos líderes mais visíveis do protesto, Mcebo Dlamini, compareceu perante um juiz em Johanesburgo acusado de crimes de agressão, posse de armas, roubo, dano à propriedade e violência pública.

Dlamini, que recebeu o apoio de outros estudantes fora do tribunal, foi detido no sábado enquanto dormia na residência de Wits na qual vive, e passará uma noite a mais na delegacia após até a decisão sobre sua liberdade mediante pagamento à espera do julgamento.

Enquanto isso, na UCT, a polícia disparou balas de borracha contra os estudantes que tentavam interromper as aulas, que foram retomadas na semana passada mediante fortes medidas de segurança nas universidades afetada pelas mobilizações.

Os manifestantes quebraram janelas, arrobaram portas fechadas com cadeado e inclusive lançaram excrementos humanos no campus, segundo informou a universidade em comunicado.

Os reitores insistem em continuar com as aulas para salvar o ano acadêmico, que deve terminar no mês que vem depois da realização dos exames finais.

Sob o lema Fees Must Fall (Abaixo as taxas), esta onda de protestos começou depois que o ministro da Educação Superior anunciou aumento no preço das matrículas de até 8%.

Os manifestantes reivindicam uma educação superior "descolonizada" e gratuita para todos, e se comprometeram a boicotar as aulas até que consigam seus objetivos.

Em outubro de 2015, o governo revogou um aumento das matrículas de mais de 10% previsto para este curso após mobilizações estudantis maciças.

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Johanesburgo - Estudantes universitários enfrentaram novamente a polícia nesta segunda-feira depois da detenção no final de semana de um líder dos protestos na África do Sul , que já enfrenta sua quinta semana de distúrbios e manifestações que exigem educação superior gratuita para todos.

Os incidentes ocorreram na Universidade de Witwatersrand (Wits) de Johanesburgo e na Universidade da Cidade do Cabo (UCT), os dois epicentros de mobilizações estudantis que já terminaram com dezenas de detenções e numerosos danos em campus e ruas de todo o país.

Após uma madrugada de protestos em Wits contra a decisão do reitor de fechar as residências noturnas para evitar novos distúrbios na universidade, alguns estudantes interromperam nesta manhã o trânsito de uma zona universitária de Johanesburgo, e a polícia os dispersou com balas de borracha.

Pouco depois, um dos líderes mais visíveis do protesto, Mcebo Dlamini, compareceu perante um juiz em Johanesburgo acusado de crimes de agressão, posse de armas, roubo, dano à propriedade e violência pública.

Dlamini, que recebeu o apoio de outros estudantes fora do tribunal, foi detido no sábado enquanto dormia na residência de Wits na qual vive, e passará uma noite a mais na delegacia após até a decisão sobre sua liberdade mediante pagamento à espera do julgamento.

Enquanto isso, na UCT, a polícia disparou balas de borracha contra os estudantes que tentavam interromper as aulas, que foram retomadas na semana passada mediante fortes medidas de segurança nas universidades afetada pelas mobilizações.

Os manifestantes quebraram janelas, arrobaram portas fechadas com cadeado e inclusive lançaram excrementos humanos no campus, segundo informou a universidade em comunicado.

Os reitores insistem em continuar com as aulas para salvar o ano acadêmico, que deve terminar no mês que vem depois da realização dos exames finais.

Sob o lema Fees Must Fall (Abaixo as taxas), esta onda de protestos começou depois que o ministro da Educação Superior anunciou aumento no preço das matrículas de até 8%.

Os manifestantes reivindicam uma educação superior "descolonizada" e gratuita para todos, e se comprometeram a boicotar as aulas até que consigam seus objetivos.

Em outubro de 2015, o governo revogou um aumento das matrículas de mais de 10% previsto para este curso após mobilizações estudantis maciças.

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