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África do Sul admite erro com intérprete de sinais

Intérprete contou que começou a escutar vozes em sua mente e a ter alucinações, o que o fez perder a concentração

Telão exibe imagem de Nelson Mandela: federação de Surdos do país denunciou que o intérprete fa cerimônia religiosa de Mandela era falso (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 11h11.

Johanesburgo - O governo sul-africano admitiu nesta quinta-feira que "cometeu um erro" ao permitir a escalação do intérprete de sinais que traduziu os discursos da cerimônia religiosa em memória de Nelson Mandela realizada na terça-feira.

A vice-ministra sul-africana de Mulheres, Crianças e Deficientes, Hendrietta Bogopane-Zulu, reconheceu a falha em entrevista à televisão pública "SABC".

A Federação de Surdos do país denunciou que o intérprete era falso.

Bogopane-Zulu disse que o governo está investigando por que o tradutor foi credenciado pela organização do ato e acrescentou que a companhia que o contratou "desapareceu no ar".

"Por razões de segurança, ele deveria de ter sido vetado mas tinha credenciamento", disse a vice-ministra.

Bogopane-Zulu afirmou, no entanto, que o intérprete frequentou uma escola para aprender a linguagem dos sinais, embora não seja um tradutor profissional.

"Perdeu a concentração. O inglês foi demais para ele", afirmou a ministra. A linguagem materna do intérprete é xhosa, um dos cerca de cem dialetos falados na África do Sul e o utilizado pela tribo de Mandela.

"Se sentiu aflito. Cometeu um erro? Sim", admitiu a vice-ministra, antes de frisar que seu país procura "melhorar a cada dia".

A ministra explicou ainda que dois intérpretes deveriam se revezar a cada 20 minutos para manter a concentração.

"Não acho que como país tenhamos que dizer que deveríamos estar envergonhados", argumentou. A ministra pediu que ninguém ataque" o intérprete e afirmou que as "pessoas estão começando a perceber o que os surdos passam todos os dias".

Em declarações publicadas hoje no jornal local "The Star", o intérprete, Thamsanqa Jantjie, de 34 anos, disse que sofreu um episódio esquizofrênico durante o evento.

Jantjie contou que começou a escutar vozes em sua mente e a ter alucinações, o que o fez perder a concentração.

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Johanesburgo - O governo sul-africano admitiu nesta quinta-feira que "cometeu um erro" ao permitir a escalação do intérprete de sinais que traduziu os discursos da cerimônia religiosa em memória de Nelson Mandela realizada na terça-feira.

A vice-ministra sul-africana de Mulheres, Crianças e Deficientes, Hendrietta Bogopane-Zulu, reconheceu a falha em entrevista à televisão pública "SABC".

A Federação de Surdos do país denunciou que o intérprete era falso.

Bogopane-Zulu disse que o governo está investigando por que o tradutor foi credenciado pela organização do ato e acrescentou que a companhia que o contratou "desapareceu no ar".

"Por razões de segurança, ele deveria de ter sido vetado mas tinha credenciamento", disse a vice-ministra.

Bogopane-Zulu afirmou, no entanto, que o intérprete frequentou uma escola para aprender a linguagem dos sinais, embora não seja um tradutor profissional.

"Perdeu a concentração. O inglês foi demais para ele", afirmou a ministra. A linguagem materna do intérprete é xhosa, um dos cerca de cem dialetos falados na África do Sul e o utilizado pela tribo de Mandela.

"Se sentiu aflito. Cometeu um erro? Sim", admitiu a vice-ministra, antes de frisar que seu país procura "melhorar a cada dia".

A ministra explicou ainda que dois intérpretes deveriam se revezar a cada 20 minutos para manter a concentração.

"Não acho que como país tenhamos que dizer que deveríamos estar envergonhados", argumentou. A ministra pediu que ninguém ataque" o intérprete e afirmou que as "pessoas estão começando a perceber o que os surdos passam todos os dias".

Em declarações publicadas hoje no jornal local "The Star", o intérprete, Thamsanqa Jantjie, de 34 anos, disse que sofreu um episódio esquizofrênico durante o evento.

Jantjie contou que começou a escutar vozes em sua mente e a ter alucinações, o que o fez perder a concentração.

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