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Advogados pedem enforcamento de dono de prédio em Bangladesh

Manifestantes gritaram "enforquem-no, enforquem-no" enquanto o proprietário era levado ao tribunal vestindo um capacete e um colete à prova de bala


	Parentes seguram fotos de pessoas desaparecidas após o desabamento do prédio Plaza Rana, que matou cerca de 400 pessoas
 (Khurshed Rinku/Reuters)

Parentes seguram fotos de pessoas desaparecidas após o desabamento do prédio Plaza Rana, que matou cerca de 400 pessoas (Khurshed Rinku/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 11h46.

Daca - Advogados e manifestantes de Bangladesh gritaram "enforquem-no, enforquem-no" nesta segunda-feira, enquanto o proprietário do prédio que desabou na semana passada, matando cerca de 400 pessoas, era levado ao tribunal vestindo um capacete e um colete à prova de bala, disseram testemunhas.

Equipes de resgate disseram ser improvável que mais sobreviventes sejam encontrados nos escombros do prédio que desabou na quarta-feira, soterrando centenas de trabalhadores do setor têxtil que estavam no local, no pior acidente industrial do país.

Pesadas gruas estavam sendo usadas para levantar enormes blocos de concreto a partir dos destroços do Rana Plaza, onde 385 pessoas tiveram as mortes confirmadas até agora. O prédio abrigava confecções de roupas para marcas ocidentais.

Oito pessoas foram presas -- quatro donos de fábricas, dois engenheiros, o proprietário do edifício, Mohammed Sohel Rana, e seu pai, Abdul Khalek. A polícia está à procura de um quinto dono de fábrica, David Mayor, que eles disseram ser um cidadão espanhol.

Rana, um líder local da juventude da Liga Awami, atualmente no poder, foi mostrado na televisão sendo levado para Daca algemado, depois de ter sido detido na cidade fronteiriça de Benapole pelo batalhão de elite da polícia, após uma caçada de quatro dias.

Ele foi preso no domingo, aparentemente tentando fugir para a Índia.

"Coloquem o assassino na forca, ele não merece qualquer misericórdia ou pena mais branda", gritava um espectador do lado de fora do tribunal.

O tribunal ordenou que Rana fosse mantido por 15 dias "em prisão preventiva" para interrogatório.

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