Advogados de Assange pedem suspensão de mandado de prisão
Fundador do Wikileaks está há dois anos na Embaixada do Equador em Londres e quer evitar ser extraditado para a Suécia
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2014 às 15h01.
Estocolmo - Advogados suecos de Julian Assange entraram com um pedido na Justiça nesta terça-feira para a retirada de um mandado de prisão contra o fundador do WikiLeaks , que está há dois anos na Embaixada do Equador em Londres, para evitar que seja extraditado para a Suécia.
Assange enfrenta acusações de abuso sexual e estupro na Suécia, o que ele nega. Ele diz que a Suécia, por sua vez, poderia extraditá-lo para os Estados Unidos, para que seja julgado por um dos maiores vazamentos de informações confidenciais da história norte-americana.
Thomas Olsson, um dos advogados de Assange, disse que o mandado de prisão sueco tem de ser revogado, pois não pode ser executado enquanto Assange estiver na embaixada e o procurador sueco não considerou a possibilidade de interrogá-lo em Londres.
"Tendo em vista o impacto significativo que isso tem sobre a capacidade de Assange de ir e vir livremente e de levar uma vida normal, nós acreditamos que não é razoável a manutenção dessa decisão", disse Olsson à Reuters.
"A meu ver, os argumentos sobre a irracionalidade da situação são muito fortes, por isso temos fortes esperanças de que o tribunal altere a decisão." O Equador, que concedeu a Assange asilo político, quer que o governo britânico garanta a sua saída em segurança para Quito. Mas a Grã-Bretanha cercou a embaixada equatoriana com policiais por 24 horas, prontos para detê-lo, se deixar o local.
O país sul-americano disse na semana passada que as negociações com a Grã-Bretanha sobre Assange chegaram a um impasse.