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Acusado de corrupção, Orlando Silva recebe apoio da base aliada

Base governista afirma que a acusação de Ferreira seria motivada por 'vingança', pois foi Silva quem ordenou a investigação da organização do ex-policial.

Deputados da oposição afirmam que, antes da sessão conjunta desta terça-feira, tiveram uma com Ferreira, que lhes assegurou ter provas contundentes contra Orlando Silva (Valter Campanato/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 20h26.

Brasília - O ministro do Esporte, Orlando Silva, acusado de corrupção por um ex-policial, recebeu nesta terça-feira forte apoio da base parlamentar do governo, enquanto a oposição exigiu sua renúncia após as alegações de novas provas.

Alvo de denúncias do ex-policial João Dias Ferreira feitas à revista 'Veja', Silva prestou depoimento a uma audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

Segundo a 'Veja', Orlando Silva, do PCdoB, teria se beneficiado ilegalmente do programa Segundo Tempo, um projeto esportivo para atender crianças pobres. O projeto foi aplicado justamente no ano em que Silva assumiu o Ministério do Esporte, em 2006. Na época, o ministro fazia parte do governo Lula.

As denúncias da revista garantem que pelo programa houve um desvio de recursos de aproximadamente R$ 40 milhões, citando como fonte o policial João Dias Ferreira, correligionário de ministro no PCdoB.

Porém, Ferreira está detido desde 2010 por suspeitas de corrupção em uma ONG que dirigia. Detalhe: a ONG recebia recursos do Ministério do Esporte pelo mesmo programa citado, o Segundo Tempo.

O ex-policial militar afirmou à 'Veja' que chegou a entregar pessoalmente a Silva parte do dinheiro de comissões que seria obrigado a pagar ao Ministério para se manter dentro do programa Segundo Tempo, o que foi negado novamente nesta terça-feira pelo ministro aos deputados.

'É a acusação de um bandido, que não tem prova alguma nem poderia ter, porque tudo é mentira', alegou o ministro.

A base governista afirma que a acusação de Ferreira seria motivada por 'vingança', pois foi Silva quem ordenou a investigação da organização do ex-policial.


Deputados da oposição, por sua vez, afirmam que, antes da sessão conjunta desta terça-feira, tiveram uma com Ferreira, que lhes assegurou ter provas contundentes contra Orlando Silva.

Segundo o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), Ferreira fez um relato pavoroso sobre as supostas irregularidades no Ministério do Esporte, que de acordo com a reportagem da 'Veja', custaram aos cofres públicos cerca de R$ 40 milhões.

ACM Neto não especificou, no entanto, quais seriam essas denúncias, e pediu que o Congresso convoque o ex-policial para prestar depoimento, o que foi recebido com gargalhadas pela maioria dos deputados da base governista.

'Se ele tem provas, o correto é que as entregue à Polícia, e não que as traga ao Congresso para um show político', declarou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Silva ressaltou que pediu a todos os organismos jurídicos do Estado e à Polícia Federal que investiguem cada uma das denúncias e ofereceu a quebra de seu sigilo bancário e telefônico.

A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) desafiou o acusador que, 'se tem algo a dizer, que vá à Polícia Federal, mostre as provas'.

Silva é o quinto ministro acusado de corrupção desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder, em 1º de janeiro. As suspeitas de irregularidades já derrubaram os ex-ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).

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Brasília - O ministro do Esporte, Orlando Silva, acusado de corrupção por um ex-policial, recebeu nesta terça-feira forte apoio da base parlamentar do governo, enquanto a oposição exigiu sua renúncia após as alegações de novas provas.

Alvo de denúncias do ex-policial João Dias Ferreira feitas à revista 'Veja', Silva prestou depoimento a uma audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados.

Segundo a 'Veja', Orlando Silva, do PCdoB, teria se beneficiado ilegalmente do programa Segundo Tempo, um projeto esportivo para atender crianças pobres. O projeto foi aplicado justamente no ano em que Silva assumiu o Ministério do Esporte, em 2006. Na época, o ministro fazia parte do governo Lula.

As denúncias da revista garantem que pelo programa houve um desvio de recursos de aproximadamente R$ 40 milhões, citando como fonte o policial João Dias Ferreira, correligionário de ministro no PCdoB.

Porém, Ferreira está detido desde 2010 por suspeitas de corrupção em uma ONG que dirigia. Detalhe: a ONG recebia recursos do Ministério do Esporte pelo mesmo programa citado, o Segundo Tempo.

O ex-policial militar afirmou à 'Veja' que chegou a entregar pessoalmente a Silva parte do dinheiro de comissões que seria obrigado a pagar ao Ministério para se manter dentro do programa Segundo Tempo, o que foi negado novamente nesta terça-feira pelo ministro aos deputados.

'É a acusação de um bandido, que não tem prova alguma nem poderia ter, porque tudo é mentira', alegou o ministro.

A base governista afirma que a acusação de Ferreira seria motivada por 'vingança', pois foi Silva quem ordenou a investigação da organização do ex-policial.


Deputados da oposição, por sua vez, afirmam que, antes da sessão conjunta desta terça-feira, tiveram uma com Ferreira, que lhes assegurou ter provas contundentes contra Orlando Silva.

Segundo o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), Ferreira fez um relato pavoroso sobre as supostas irregularidades no Ministério do Esporte, que de acordo com a reportagem da 'Veja', custaram aos cofres públicos cerca de R$ 40 milhões.

ACM Neto não especificou, no entanto, quais seriam essas denúncias, e pediu que o Congresso convoque o ex-policial para prestar depoimento, o que foi recebido com gargalhadas pela maioria dos deputados da base governista.

'Se ele tem provas, o correto é que as entregue à Polícia, e não que as traga ao Congresso para um show político', declarou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Silva ressaltou que pediu a todos os organismos jurídicos do Estado e à Polícia Federal que investiguem cada uma das denúncias e ofereceu a quebra de seu sigilo bancário e telefônico.

A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) desafiou o acusador que, 'se tem algo a dizer, que vá à Polícia Federal, mostre as provas'.

Silva é o quinto ministro acusado de corrupção desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o poder, em 1º de janeiro. As suspeitas de irregularidades já derrubaram os ex-ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).

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