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Acusada de desobedecer a polícia, Greta Thunberg é julgada em Londres

Em uma audiência preliminar em novembro, em outro tribunal londrino, ela se declarou inocente

A ativista, de 21 anos, compareceu na quinta-feira ao Tribunal de Magistrados de Westminster, no centro de Londres (AFP/AFP Photo)

A ativista, de 21 anos, compareceu na quinta-feira ao Tribunal de Magistrados de Westminster, no centro de Londres (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 14h12.

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg desobedeceu a polícia em outubro de 2023, durante uma manifestação contra as empresas de hidrocarbonetos reunidas em Londres, indicou o promotor do caso nesta quinta-feira, 1, em Londres, durante o primeiro dia do julgamento por perturbação da ordem pública.

"Ela disse que ficaria onde estava e, por isso, foi presa", explicou o promotor Luke Staton, no primeiro dos dois dias de audiência.

A ativista, de 21 anos, compareceu na quinta-feira ao Tribunal de Magistrados de Westminster, no centro de Londres.

Em uma audiência preliminar em novembro, em outro tribunal londrino, ela se declarou inocente.

Thunberg foi detida em 17 de outubro após desobedecer a ordem da polícia de não bloquear a rua durante um protesto contra o Energy Intelligence Forum, que ocorria em um hotel no distrito de Mayfair, em Londres, onde estavam os diretores das principais companhias de gás e petróleo.

Thunberg, mundialmente conhecida desde suas "greves escolares pelo clima", iniciadas quando ela tinha 15 anos, pode receber uma multa de até 2.500 libras (R$ 15,7 mil) pelos fatos que lhe foram imputados.

Um total de 26 pessoas, incluindo ela, estão sendo processadas pelo mesmo motivo. Todas foram detidas durante o mesmo protesto.

Nesta quinta-feira, a jovem não escondeu um sorriso irônico quando o promotor Staton explicou que os acusados protestaram justamente quando os principais atores do setor de petróleo e gás estavam "discutindo e debatendo" como desenvolver "soluções sustentáveis" para a energia.

Ao chegar ao tribunal, os ativistas processados foram recebidos por apoiadores de organizações ambientalistas.

Maja Darlington, uma militante do Greenpeace do Reino Unido, disse que os ativistas estavam sendo julgados "por protestar pacificamente", enquanto os executivos do petróleo estavam "celebrando ganhar bilhões com a venda de combustíveis fósseis que destroem o clima".

"Detrás dessas portas fechadas (...), políticos sem escrúpulos fazem acordos com lobistas do destrutivo setor de combustíveis fósseis", declarou Greta Thunberg em 17 de outubro, antes de ser detida e levada em uma van da polícia.

Mais tarde, foi libertada sob fiança e no dia seguinte participou de outro protesto em frente ao mesmo hotel.

O governo britânico concedeu, depois dessas manifestações, várias novas licenças para exploração de petróleo e gás, a fim de fortalecer a independência energética do país - uma das prioridades do primeiro-ministro conservador Rishi Sunak.

O órgão independente encarregado de aconselhar o governo britânico sobre sua estratégia climática expressou, na segunda-feira (29), preocupação com o fato do país transmitir "mensagens contraditórias" que desestabilizam sua influência internacional no assunto.

Várias medidas do governo britânico causaram indignação entre as organizações ambientalistas, que entraram com recursos legais e intensificaram suas ações, como o movimento Just Stop Oil, cujos militantes frequentemente organizam marchas pacíficas em Londres.

O governo endureceu a legislação para impedir mais atos.

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