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Acordo nuclear com Irã é de interesse americano, diz Mattis

A expressão de apoio de Mattis ao acordo com o Irã de 2015 aparece em contraste com a avaliação de Trump de que o pacto é "vergonhoso" para os EUA

Jim Mattis: Trump deve notificar o Congresso a cada 90 dias se acredita que o Irã esteja cumprindo com o acordo (Francois Lenoir/Reuters)

Jim Mattis: Trump deve notificar o Congresso a cada 90 dias se acredita que o Irã esteja cumprindo com o acordo (Francois Lenoir/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 17h53.

O secretário americano da Defesa, Jim Mattis, disse nesta terça-feira que o presidente Donald Trump deveria considerar permanecer no acordo nuclear com o Irã, considerando ser de interesse nacional.

A expressão de apoio de Mattis ao acordo de limitação do programa nuclear do Irã de 2015 aparece em contraste com a avaliação de Trump de que o pacto é "vergonhoso para os Estados Unidos".

"Se pudermos confirmar que o Irã está seguindo o acordado, se pudermos determinar que isto está nos nossos melhores interesses, então com certeza deveríamos permanecer", disse ao Comitê de Serviços Armados do Senado.

"Acredito que, neste momento, sem uma indicação no sentido contrário, o presidente deveria considerar ficar", declarou.

Questionado se achava que o acordo com o Irã era de interesse nacional, Mattis respondeu: "sim, senador, acho".

Trump deve notificar o Congresso a cada 90 dias se acredita que o Irã esteja cumprindo com o acordo e sobre as sanções contra Teerã, conforme previsto no acordo, focando no interesse dos Estados Unidos.

O presidente chegou a certificar que o Irã está cumprindo com o pacto, mas indicou que o próximo prazo de 15 de outubro será crucial.

O Irã e outros signatários - China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha - defendem o acordo como garantia dos fins pacíficos e não-militares do programa nuclear de Teerã.

No entanto, em seu discurso durante a Assembleia Geral da ONU, Trump apresentou a ideia de que Washington pudesse deixá-lo, chamando o acordo de vergonhoso.

Posteriormente, disse aos repórteres que havia chegado a uma decisão, mas não indicaria a ação que pretende tomar.

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