Mundo

Abrem as urnas para segundo dia de referendo no Egito

Se, como se espera, os eleitores aprovarem a nova Constituição, esta substituirá a redigida durante a presidência de Mohamed Mursi


	Egípcios fazem fila em um colégio eleitoral, no Cairo, no segundo dia de votação do referendo constitucional: 250 pessoas foram detidas por perturbar a votação em algumas zonas
 (Khaled Desouki/AFP)

Egípcios fazem fila em um colégio eleitoral, no Cairo, no segundo dia de votação do referendo constitucional: 250 pessoas foram detidas por perturbar a votação em algumas zonas (Khaled Desouki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 07h00.

Cairo - Os colégios eleitorais voltaram a abrir nesta quarta-feira no Egito para o segundo e último dia de votação sobre a nova Constituição, em um referendo convertido em plebiscito sobre o general Abdel Fatah al-Sissi, chefe do Exército e homem forte do país.

As urnas abriram às 07h00 GMT (05h00 de Brasília).

Se, como se espera, os eleitores aprovarem a nova Constituição, esta substituirá a redigida durante a presidência de Mohamed Mursi, que obteve 64% de votos favoráveis.

A votação se desenvolveu com normalidade na maioria dos relógios eleitorais na terça-feira, embora, segundo os últimos dados, nove pessoas tenham morrido em confrontos nos arredores do Cairo entre partidários de Mursi, grupos opositores e a polícia.

Além disso, 250 pessoas foram detidas, entre elas membros da Irmandade Muçulmana, o movimento do primeiro presidente democraticamente eleito no país, por perturbar a votação em algumas zonas.

A porta-voz adjunta do Departamento de Estado americano, Marie Harf, expressou a preocupação dos Estados Unidos pelas informações sobre incidentes violentos durante o primeiro dia de votação, mas disse que esperava as informações dos "observadores egípcios e internacionais independentes sobre os méritos técnicos do referendo em curso".


Também declarou que uma cláusula de um projeto de lei que deve ser aprovado no Congresso na sexta-feira permitirá à Casa Branca descongelar 1,5 bilhão de dólares de ajuda para o Egito se for certificado que o país "realizou um referendo constitucional e está dando passos para apoiar uma transição democrática".

O governo egípcio espera que um amplo apoio à nova Constituição sirva para reforçar sua questionada autoridade, enquanto Al-Sissi o encara como um indicador de sua popularidade, declarou um funcionário próximo ao general.

Embora não esteja claro quantos egípcios terão votado ao fim do dia, acredita-se que a Constituição será aprovada.

As autoridades temem que um apoio baixo reforce a posição dos opositores islamitas e coloque em xeque sua legitimidade, segundo os analistas.

As forças de segurança foram mobilizadas em todo o país diante do temor de que os recentes ataques dissuadam os eleitores de comparecer às urnas.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoEleiçõesLegislação

Mais de Mundo

Trump nomeia Keith Kellogg como encarregado de acabar com guerra na Ucrânia

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação