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Abbas elogia investigação sobre morte de Arafat

A abertura desta instrução é a consequência de uma ação impetrada dia 31 de julho por Suha Arafat, viúva do líder da Autoridade Palestina

O presidente palestino, Mahmud Abbas: Yaser Arafat morreu no dia 11 de novembro de 2004 no hospital militar francês Percy de Clamart, próximo a Paris (©AFP/File / Gabriel Bouys)

O presidente palestino, Mahmud Abbas: Yaser Arafat morreu no dia 11 de novembro de 2004 no hospital militar francês Percy de Clamart, próximo a Paris (©AFP/File / Gabriel Bouys)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 17h09.

Ramallah - O presidente palestino, Mahmud Abbas, saudou nesta quarta-feira a abertura, em Paris, de uma investigação judicial sobre a morte de Yasser Arafat, ocorrida em 2004.

"O presidente Mahmud Abbas recebe favoravelmente a abertura de uma investigação judicial sobre a morte do falecido dirigente Yasser Arafat", informou em um comunicado de seu gabinete.

O ministro israelense de Assuntos Estratégicos e vice-primeiro ministro, Moshé Yaalon, entrevistado por uma rádio militar, considerou que se tratava de um "assunto palestino interno".

"É possível que os dirigentes palestinos o tenham eliminado e sua viúva acusa Israel (...) Devem investigar, mas é um caso palestino interno", declarou Yaalon.

A abertura desta instrução é a consequência de uma ação impetrada dia 31 de julho por Suha Arafat, viúva do líder da Autoridade Palestina, "contra pessoa desconhecida por assassinato e com constituição de parte civil"

Yaser Arafat morreu no dia 11 de novembro de 2004 no hospital militar francês Percy de Clamart, próximo a Paris.

A denúncia foi feita depois da descoberta de polônio, uma substância altamente radioativa, nos pertences pessoais do ex-dirigente palestino, o que reabriu a hipótese de envenenamento.

Cercado desde abril de 2002 no prédio da presidência em Ramallah pelo exército de Israel, que queria sua expulsão, Yasser Arafat saiu dali apenas para ir à França receber tratamento.

Seu sobrinho, Naser al Qidwa, acusou recentemente Israel de tê-lo envenenado com polônio e exigiu que "os responsáveis por esse assassinato sejam julgados".

O porta-voz do ministério israelense de Assuntos Externos afirmou na terça-feira que Israel "não se sente preocupado" pela abertura de uma investigação judicial na França.

Muitos palestinos acreditam que seu antigo líder histórico, que escapou de várias tentativas de assassinato e até de um acidente de avião, foi envenenado, destacando a rápida deterioração de seu estado de saúde antes de sua morte.

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