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Abbas e Meshaal acertam realizar eleições em maio de 2012

Líderes do Fatah e do Hamas entraram em acordo para encerrar a disputa na Palestina

O acordo prevê eleições gerais em maio de 2012 (Uriel Sinai/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 15h16.

Cairo - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o líder máximo do Hamas, Khaled Meshaal, deram nesta quinta-feira um impulso à reconciliação entre seus grupos com um acordo para realizar eleições gerais em maio de 2012.

O pacto foi alcançado em reunião que os dois líderes mantiveram na residência de Abbas no Cairo e que contou com a presença das delegações de suas respectivas facções e do chefe dos Serviços Secretos egípcios, Murad Muafi.

Ao longo do dia o trânsito de responsáveis de ambos os grupos foi intenso na residência, onde só foi permitida a entrada de jornalistas de meios impressos.

Após o encontro, o porta-voz do Ministério do Interior da ANP, Ihab al Gusain, disse à Agência Efe que existe 'um consenso sobre a necessidade de criar a atmosfera adequada para a realização das eleições em maio e pôr fim às disputas políticas'.

Abbas e Meshaal haviam se reunido pela última vez em 4 de maio, quando selaram um pacto de reconciliação que ainda não foi aplicado devido às diferenças das facções sobre a repartição dos ministérios no futuro governo de união nacional.

A esse respeito, Al Gusain afirmou que os dois líderes ratificaram o acordo sobre a formação de um governo de união nacional, embora tenham se recusado a divulgar a divisão de pastas e a data na qual será constituído.

Além disso, acertaram realizar duas reuniões, sendo uma no dia 20 de dezembro com todas as organizações palestinas, em local ainda não definido, e outra no dia 22, com o comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), antecipou Al Gusain.

O porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, disse à Efe que 'o próximo governo deve ser nacional e refletir todo o povo palestino e não só o Hamas e o Fatah. Será um Executivo com um programa nacional que preserve os direitos do povo palestino até a realização das eleições'.

O responsável do grupo islâmico destacou ainda que os outros pontos analisados nesta quinta-feira foram a constituição de uma Comissão Eleitoral independente 'em um ambiente positivo que dê confiança a todos', e 'a solução da questão dos presos políticos nos próximos dias'.

A disputa entre as duas facções remonta a junho de 2007, quando os islâmicos tomaram o controle da Faixa de Gaza após expulsarem as forças leais a Abbas, o que originou dois governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP, ligada ao Fatah, na Cisjordânia.

As últimas eleições legislativas palestinas foram realizadas em 2006 com a vitória do Hamas, à qual seguiu um boicote da comunidade internacional ao novo governo.

As eleições presidenciais ocorreram um ano antes e foram vencidas claramente por Abbas, embora o Hamas tenha optado por não apresentar candidato.

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Ao longo do dia o trânsito de responsáveis de ambos os grupos foi intenso na residência, onde só foi permitida a entrada de jornalistas de meios impressos.

Após o encontro, o porta-voz do Ministério do Interior da ANP, Ihab al Gusain, disse à Agência Efe que existe 'um consenso sobre a necessidade de criar a atmosfera adequada para a realização das eleições em maio e pôr fim às disputas políticas'.

Abbas e Meshaal haviam se reunido pela última vez em 4 de maio, quando selaram um pacto de reconciliação que ainda não foi aplicado devido às diferenças das facções sobre a repartição dos ministérios no futuro governo de união nacional.

A esse respeito, Al Gusain afirmou que os dois líderes ratificaram o acordo sobre a formação de um governo de união nacional, embora tenham se recusado a divulgar a divisão de pastas e a data na qual será constituído.

Além disso, acertaram realizar duas reuniões, sendo uma no dia 20 de dezembro com todas as organizações palestinas, em local ainda não definido, e outra no dia 22, com o comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), antecipou Al Gusain.

O porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, disse à Efe que 'o próximo governo deve ser nacional e refletir todo o povo palestino e não só o Hamas e o Fatah. Será um Executivo com um programa nacional que preserve os direitos do povo palestino até a realização das eleições'.

O responsável do grupo islâmico destacou ainda que os outros pontos analisados nesta quinta-feira foram a constituição de uma Comissão Eleitoral independente 'em um ambiente positivo que dê confiança a todos', e 'a solução da questão dos presos políticos nos próximos dias'.

A disputa entre as duas facções remonta a junho de 2007, quando os islâmicos tomaram o controle da Faixa de Gaza após expulsarem as forças leais a Abbas, o que originou dois governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP, ligada ao Fatah, na Cisjordânia.

As últimas eleições legislativas palestinas foram realizadas em 2006 com a vitória do Hamas, à qual seguiu um boicote da comunidade internacional ao novo governo.

As eleições presidenciais ocorreram um ano antes e foram vencidas claramente por Abbas, embora o Hamas tenha optado por não apresentar candidato.

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