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Abaixo as estátuas: protesto contra Colombo em Chicago acaba em confronto

Policiais reagiram com golpes de cacetete e gás lacrimogênio depois de serem atingidos por objetos atirados pelos manifestantes

Movimento antirrascismo: revolta cresceu após o assassinato do desempregado George Floyd por um policial em maio (Leah Millis/Reuters)

Movimento antirrascismo: revolta cresceu após o assassinato do desempregado George Floyd por um policial em maio (Leah Millis/Reuters)

DG

Denyse Godoy

Publicado em 18 de julho de 2020 às 19h53.

Um protesto contra a estátua do navegador italiano Cristóvão Colombo, que descobriu o continente americano em 1492, acabou em confronto na noite de sexta-feira, 17, em Chicago, uma das maiores cidades dos Estados Unidos. Centenas de manifestantes tentaram derrubar o monumento, no parque Grant, e entraram em choque com a polícia.

O debate sobre manter ou não em espaços públicos as estátuas que homenageiam figuras históricas agora acusadas de violência e abusos contra as minorias se intensificou nas últimas semanas, alimentado por protestos pelo fim da opressão aos negros. As manifestações contra o racismo vêm crescendo após o segurança desempregado negro George Floyd ser assassinado em Mineápolis em maio por um policial que atendia a um chamado de um supermercado por causa de uma nota de 20 dólares supostamente falsa. Uma estátua de Colombo foi removida da frente da prefeitura da cidade de Columbus, Ohio, no começo deste mês, por ordem do prefeito.

Os manifestantes se reuniram ontem no parque em Chicago para participar do protesto "Solidariedade aos Negros e Indígenas", organizado por mais de uma dúzia de entidades, que pedia que a força policial do município fosse extinta e seu orçamento, destinado aos cidadãos. Em sua página no Facebook, o movimento dizia que os Estados Unidos foram construídos a partir da exploração do conhecimento e do trabalho de negros e índios.

Segundo informações das agências internacionais de notícias, o confronto começou quando os manifestantes começaram a atirar objetos como pedras e garrafas contra os políciais, que reagiram batendo nos manifestantes com cacetetes e atirando bombas de gás lacrimogênio na multidão.

Doze manifestantes foram presos e podem responder na Justiça por crimes como agressão a um policial. Dezoito policiais ficaram feriados, e vídeos postados nas redes sociais mostram manifestantes machucados e sangrando.

"O protesto era uma bonita manifestação de solidariedade aos negros e indígenas que foi atacada com cacetetes e gás lacrimogênio por policiais armados", disse Anthony Tamez-Pochel, co-presidente do Conselho Jovem das Nações Chi.

Em nota à imprensa, a polícia de Chicago disse que o departamento "busca tratar com respeito" todos os indivíduos que os policiais encontram. "Não toleramos mau comportamento de nenhum tipo, e, se for descoberta alguma conduta imprópria, os policiais serão responsabilizados".

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