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A onda de violência em Jerusalém em 6 pontos-chave

O conflito começou quando Israel, após a morte de dois policiais, tomou a decisão de fechar por dois dias o acesso ao terceiro local mais sagrado do Islã

Conflito: os confrontos são diários entre palestinos e as forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada (Muammar Awad/Reuters)

Conflito: os confrontos são diários entre palestinos e as forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada (Muammar Awad/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de julho de 2017 às 15h49.

Seguem abaixo os momentos-chave de duas semanas de crise na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, marcada por violentos confrontos entre manifestantes palestinos e as forças de ordem israelenses.

1. Esplanada das Mesquitas fechada

Em 14 de julho, três árabes israelenses matam dois policiais israelenses na Cidade Velha de Jerusalém, antes de serem perseguidos e mortos na Esplanada das Mesquitas.

Israel garante que as armas usadas no ataque tinham sido escondidas na Esplanada. Por esta razão, tomou a decisão excepcional de fechar por dois dias o acesso ao terceiro local mais sagrado do Islã.

Essa decisão irritou os palestinos e a Jordânia, guardiã dos locais sagrados em Jerusalém.

2. Detectores de metal

Em 15 de julho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decide instalar detectores de metal nas entradas da Esplanada e anuncia a sua reabertura para o dia seguinte.

Em 16 de julho, a Esplanada das Mesquitas é reaberta ao público, mas os muçulmanos se recusam a entrar no local em razão das novas medidas de segurança.

Em protesto, centenas de pessoas realizam suas orações do lado de fora.

3. Violência mortal

Os confrontos são diários entre palestinos e as forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada.

Em 20 de julho, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se junta aos líderes palestinos para pedir a Israel a retirada dos detetores de metal.

Em 21 de julho, dia da grande oração islâmica semanal, a polícia israelense proíbe os homens com menos de 50 anos de entrar na Cidade Velha. Centenas de pessoas participam da oração perto da entrada da Cidade Velha.

Em dois dias, cinco palestinos são mortos nos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança israelenses. Três israelenses são mortos por um palestino em uma colônia israelense na Cisjordânia ocupada.

4. Novo dispositivo

Na noite de 25 de julho, depois de intensa pressão da comunidade internacional, que teme uma escalada, o governo israelense decide parar de usar os detectores de metal nas entradas da Esplanada. Ele indica que vai substituir esse sistema por "uma inspeção de segurança com base em tecnologias avançadas e outros meios".

Os detectores de metal são removidos. As autoridades muçulmanas mantém o boicote ao local santo.

Uma fonte do governo jordaniano relata um "acordo" sobre a Esplanada das Mesquita entre Jordânia e Israel, o que permitiu o retorno a Israel de um diplomata acusado de matar dois jordanianos após ser atacado na embaixada de Israel em 23 de julho.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, anuncia a paralisação da cooperação com Israel.

Confrontos entre manifestantes palestinos e forças israelenses acontecem perto da Cidade Velha de Jerusalém. Estes confrontos deixam 13 palestinos feridos.

O presidente Erdogan pede aos muçulmanos de todo o mundo que "visitem" e "protejam" Jerusalém.

5. Reviravolta

Em 27 de julho, a polícia israelense anuncia a retirada dos últimos elementos do novo dispositivo de segurança.

Grades e andaimes, onde estavam instaladas câmeras de vigilância, são removidos nas primeiras horas pelas autoridades israelenses.

Os palestinos decidem encerrar o boicote e milhares de fiéis muçulmanos entram na Esplanada para a oração da tarde.

A Jordânia saúda a decisão israelense como "um passo para o apaziguamento."

6. Novos confrontos

Novos confrontos entre a polícia israelense e palestinos na Esplanada das Mesquitas. O Crescente Vermelho palestino fala de dezenas de pessoas feridas.

Benjamin Netanyahu pede pena de morte para o palestino que matou os três colonos israelenses na Cisjordânia ocupada.

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