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A maior derrota de Trump

O presidente Donald Trump, autor do livro A Arte do Negócio, sofreu uma derrota acachapante nesta sexta-feira por absoluta falta de habilidade de negociação. Após republicanos da Câmara chegarem à conclusão de que não teriam maioria para aprovar o projeto que substituiria o sistema de acesso à saúde Obamacare, a proposta da lei republicana foi […]

TRUMP NA CASA BRANCA: o revés na saúde lança dúvidas sobre se o presidente e os republicanos terão capacidade de aprovar outras pautas prometidas / Carlos Barria/ Reuters

TRUMP NA CASA BRANCA: o revés na saúde lança dúvidas sobre se o presidente e os republicanos terão capacidade de aprovar outras pautas prometidas / Carlos Barria/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2017 às 18h45.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.

O presidente Donald Trump, autor do livro A Arte do Negócio, sofreu uma derrota acachapante nesta sexta-feira por absoluta falta de habilidade de negociação. Após republicanos da Câmara chegarem à conclusão de que não teriam maioria para aprovar o projeto que substituiria o sistema de acesso à saúde Obamacare, a proposta da lei republicana foi adiada sem prazo de retorno à pauta do plenário. Segundo o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, os americanos terão de “viver com o Obamacare no futuro próximo”.

Com todos os democratas da Câmara contrários à proposta republicana, o partido, que tem maioria na Casa, só poderia se dar ao luxo de perder 22 de 337 votos para aprovação da lei. Mas, conforme a hora da votação se aproximava, ficou claro que a pauta seria rejeitada com dissidentes em meio aos mais conservadores, que querem a aniquilação do Obamacare, e aos mais moderados, que temem que o projeto deixe 24 milhões de americanos sem seguro de saúde.

É a maior derrota do governo Trump no Congresso, justamente numa de suas pautas mais populares durante a campanha. O revés começa a lançar dúvidas sobre se o presidente e os republicanos terão capacidade de aprovar outras pautas prometidas, como os cortes de taxas ou de regulamentações federais.

Os mercados reagiram de forma negativa. O índice S&P 500 recuou 0,1%, caindo 1,4% na semana, o pior desempenho desde a semana de 4 de novembro — a semana anterior à eleição de Trump. Já o índice Dow Jones fechou o dia em queda de 0,29%, caindo 1,52% na semana. As ações de bancos, que seriam os maiores beneficiados pelos prometidos cortes de taxas e regulações, tiveram uma queda de 3,8% nesta semana. O dólar recuou 0,94%, cotado em 3,1083.

Republicanos reconheceram a derrota e admitiram que o partido deve seguir em frente. No Partido Democrata, o champanhe guardado desde a noite de 8 de novembro, quando Trump foi eleito, deve ser estourado hoje.

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