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A.Latina se divide em reunião da ONU sobre mudança climática

Parte dos países da região defendem crédito de carbono, mas outro grupo reclama da ingerência americana; Brasil se mantém sozinho nas negociações

Países aliados de Hugo Chávez culpam os desenvolvidos pelo aquecimento global (Ho/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 14h55.

Bangcoc - A América Latina está dividida na reunião sobre mudança climática que as Nações Unidas realizam em Bangcoc, onde aumenta a percepção de que não se conseguirá um compromisso para substituir o atual Protocolo de Kioto.

"A divisão dos países latino-americanos nesta reunião reflete as diferenças ideológicas do continente em política internacional", avaliou à Agência Efe o chefe da delegação peruana, Eduardo Durand.

Desde o início da semana, delegados de quase 200 países estão negociando em Bangcoc temas como a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa e a cooperação internacional para transferência de tecnologia.

"O único ponto em que concordamos é nossa vulnerabilidade diante do aquecimento global", afirmou Durand, que se mostrou favorável a participar de um esforço global para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

Em sua opinião, Chile, Uruguai, Colômbia, Guatemala e Costa Rica coincidem em sua estratégia nas negociações, enquanto outros países se agrupam em torno da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba) formada por Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, e São Vicente e Granadinas.

A Alba, que se opõe politicamente aos Estados Unidos, considera uma "armadilha" a compra de bônus de emissões de dióxido de carbono (CO2) dos países industrializados às nações em vias de desenvolvimento.

"Não vamos permitir que os países desenvolvidos continuem disfarçando a realidade, aproveitando os mercados de carbono que compram dos pobres", indicou a chefe da delegação venezuelana e porta-voz da Alba na reunião de Bangcoc, Claudia Salerno. "Os países desenvolvidos são os responsáveis históricos do aquecimento global", acrescentou.

O Brasil tem peso próprio nas negociações da ONU e suas propostas influem em toda a região, enquanto a Argentina mantém posições que em algumas ocasiões se aproximam da ideologia da Alba.

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Bangcoc - A América Latina está dividida na reunião sobre mudança climática que as Nações Unidas realizam em Bangcoc, onde aumenta a percepção de que não se conseguirá um compromisso para substituir o atual Protocolo de Kioto.

"A divisão dos países latino-americanos nesta reunião reflete as diferenças ideológicas do continente em política internacional", avaliou à Agência Efe o chefe da delegação peruana, Eduardo Durand.

Desde o início da semana, delegados de quase 200 países estão negociando em Bangcoc temas como a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa e a cooperação internacional para transferência de tecnologia.

"O único ponto em que concordamos é nossa vulnerabilidade diante do aquecimento global", afirmou Durand, que se mostrou favorável a participar de um esforço global para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

Em sua opinião, Chile, Uruguai, Colômbia, Guatemala e Costa Rica coincidem em sua estratégia nas negociações, enquanto outros países se agrupam em torno da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba) formada por Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, e São Vicente e Granadinas.

A Alba, que se opõe politicamente aos Estados Unidos, considera uma "armadilha" a compra de bônus de emissões de dióxido de carbono (CO2) dos países industrializados às nações em vias de desenvolvimento.

"Não vamos permitir que os países desenvolvidos continuem disfarçando a realidade, aproveitando os mercados de carbono que compram dos pobres", indicou a chefe da delegação venezuelana e porta-voz da Alba na reunião de Bangcoc, Claudia Salerno. "Os países desenvolvidos são os responsáveis históricos do aquecimento global", acrescentou.

O Brasil tem peso próprio nas negociações da ONU e suas propostas influem em toda a região, enquanto a Argentina mantém posições que em algumas ocasiões se aproximam da ideologia da Alba.

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