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A bruxa do Brexit bate à porta

Disseram que ia demorar, mas chegou rápido. O Reino Unido já começa a enfrentar as consequências do referendo pela saída da União Europeia, o Brexit. Hoje o Banco da Inglaterra deve anunciar um corte na taxa de juros para o menor da história — 0,25%. O objetivo é incentivar o consumo e os investimentos internos. […]

BANCO DA INGLATERRA: a instituição deve baixar hoje o juros para 0,25% a menor taxa da história, a fim de incentivar o consumo e combater os problemas econômicos que o Brexit já começou a causar / Oli Scarff/Getty Images

BANCO DA INGLATERRA: a instituição deve baixar hoje o juros para 0,25% a menor taxa da história, a fim de incentivar o consumo e combater os problemas econômicos que o Brexit já começou a causar / Oli Scarff/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 21h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h27.

Disseram que ia demorar, mas chegou rápido. O Reino Unido já começa a enfrentar as consequências do referendo pela saída da União Europeia, o Brexit. Hoje o Banco da Inglaterra deve anunciar um corte na taxa de juros para o menor da história — 0,25%. O objetivo é incentivar o consumo e os investimentos internos. A retomada de programas de facilitação de crédito também está na pauta.

A consultora EY estima que os empréstimos de bancos para negócios recue 1% até o final do ano e 2% em 2017. Ontem, segundo o instituto de finanças Markit, o índice de atividade dos negócios caiu para 47,4 em julho, ante 52,3 em junho (quando foi votado o Brexit), sinalizando uma queda nos serviços e no comércio. Desde o início das medições, em 1996, o medidor nunca havia caído quase 5 pontos em único mês.

Os números ruins vêm se acumulando. Segundo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Econômicas e Sociais, há 50% de chances de perda de postos de trabalho no próximo ano. Em julho, o Fundo Monetário Internacional reduziu a previsão de crescimento do PIB do ano que vem de 2,3% para 1,4%.

A preocupação econômica, claro, se reflete na política. A atual primeira ministra, Theresa May, que assumiu após a renúncia de David Cameron, derrotado no referendo, corre para firmar acordos e concessões com os membros da União Europeia, a fim de minimizar os revéses econômicos. A oposição, o Partido Trabalhista, por sua vez, junta os cacos e tenta se restabelecer no cenário político britânico. Hoje, acontece o primeiro debate face-a-face entre os dois candidatos à liderança do partido, Jeremy Corbyn e Owen Smith.

E o país ainda nem deu entrada no Artigo 50, que estabelece a saída oficial do bloco europeu. A crise econômica e as indefinições políticas vão piorar muito mais.

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