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Os 6 (turbulentos) meses da presidência Trump em números

Entre tentativas frustradas de implementar promessas de campanhas, vitórias pontuais e tuítes polêmicos, republicano completa um semestre no cargo

Donald Trump (Pool/Getty Images)

Donald Trump (Pool/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 20 de julho de 2017 às 10h33.

Última atualização em 20 de julho de 2017 às 16h57.

São Paulo – O presidente americano Donald Trump completou 6 meses de mandato nesta quinta-feira (20). Entre tentativas frustradas de implementar promessas de campanhas, vitórias pontuais, isolamento da comunidade internacional e tuítes polêmicos, não há dúvidas de que a sua presidência vem sendo agitada.

Nesse período, Trump tentou, em vão, repelir a lei da saúde implementada por seu sucessor, Barack Obama e não conseguiu colocar em ação, por completo, o seu veto à imigração de países muçulmanos, dois importantes pilares de sua campanha. Em contrapartida, deixou o Acordo de Paris e nomeou com sucesso Neil Gorsuch para a Suprema Corte.

Nada disso, no entanto, aconteceu em um ambiente de estabilidade em seu gabinete. Atormentado por investigações sobre a relação de membros de sua campanha com a Rússia e possíveis interferências desse inimigo histórico nas eleições presidenciais, Trump hoje enfrenta uma grave crise de popularidade.

Segundo levantamento do site Five Thirty Eight, que pertence ao consagrado matemático Nate Silver, a aprovação de Trump é de 39%. Na comparação com o desempenho de outros presidentes do país nesse mesmo período de 175 dias de mandato, Trump se consolidou como um dos presidentes mais impopulares da história dos Estados Unidos, atrás apenas de Gerald Ford, que ocupou o posto entre 1974 e 1977.

O descontentamento com a sua presidência é corroborado com outros números. De acordo com a agência Reuters, um em cada oito eleitores de Trump nas eleições de 2016 disse que mudaria de voto, se o pleito fosse hoje. Entre os descontentes, a maioria é de homens brancos mais velhos, uma base que se mostrou importante durante a campanha eleitoral.

A dúvida, agora, é se a presidência pode ser salva. Entre especialistas, o diagnóstico é o de que esse primeiro período foi um desastre e que muitos dos problemas foram causados pelo próprio presidente. Creem, no entanto, que há espaço para uma mudança de rumo que pode, no fim das contas, resultar em êxito. Isso se Trump deixar de atravancar o seu mandato.

Enquanto o cenário da sua presidência daqui em diante não é formado, confira abaixo alguns números do desempenho do republicano até agora.

1

É o número de coletivas de imprensa que Trump conduziu sozinho de 20 de janeiro até aqui. De acordo com a The American Presidency Project, divulgados pela CNN, esse número é baixo se comparado com outros presidentes, como Barack Obama, que realizou 11 coletivas durante seu primeiro ano de mandato.

Seu assessor-chefe, Sean Spicer, participou de 58 encontros com a imprensa.

12

Se sua participação só em coletivas foi ínfima, em conjunto com líderes globais, Trump participou de 12 encontros com a imprensa.

5

É a quantidade de eventos políticos realizados com seus eleitores. Segundo análise da CNN, todos eles aconteceram em 5 estados que ele venceu em 2016: Flórida, Tennessee, Kentucky, Pensilvânia e Iowa.

42

Foi o número de projetos de lei que Trump assinou desde que assumiu o cargo, estima a rede de televisão americana ABC News.

3

Ainda de acordo com a ABC News, Trump não realizou viagens ao exterior nos primeiros 100 dias na presidência, que foram completados em abril. Desde então, no entanto, viajou 3 vezes para fora dos Estados Unidos.

37

É o número de dias que Trump passou em algum de seus campos de golfe, levantou a ABC News.

1279

É a quantidade de dias que o republicano ainda tem na presidência.

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