500 imigrantes ilegais conseguem entrar em enclave espanhol
Cerca de 500 imigrantes conseguiram entrar no enclave espanhol de Melilla, ao norte do Marrocos
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 14h41.
Madri - Cerca de 500 imigrantes conseguiram entrar nesta terça-feira no enclave espanhol de Melilla, ao norte do Marrocos , em uma das maiores "invasões" dos últimos anos, segundo o delegado do governo da cidade, Abdemalik el Barkani.
A invasão, descrita como "violenta" por Barkani, aconteceu na madrugada desta terça-feira, quando cerca de mil imigrantes subsaarianos tentaram pular a cerca tripla na fronteira de Melilla.
O grupo, "ajudado pelo mau tempo e pela presença de nevoeiro", se aproximou da fronteira antes das 07h00 GMT (04h00 no horário de Brasília). Cerca de "500 conseguiram pular a cerca", explicou em uma coletiva de imprensa.
De acordo com uma declaração da delegação do governo, os imigrantes tinham "uma atitude extremamente agressiva, jogavam pedras, paus e todo tipo de objetos contra as forças de segurança".
Muitos imigrantes ficaram feridos "com cortes e arranhões", segundo Barkani, e 29 precisaram receber cuidados médicos.
Do lado marroquino, o Ministério do Interior informou a detenção de 250 imigrantes e de trinta feridos, 28 subsaarianos, e cinco policiais.
De acordo com a delegação do governo em Melilla , dois destes imigrantes sofreram "ferimentos graves".
No dia 6 de fevereiro, durante uma tentativa de entrada forçada no outro enclave espanhol norte-africano, Ceuta, ao menos 14 imigrantes morreram, em um incidente por cuja gestão o governo de Madri foi criticado.
Devido a este incidente, a Guarda Civil espanhola foi proibida de portar armas de balas de borracha, utilizadas para frear as frequentes tentativas dos imigrantes.
Ceuta e Melilla são as únicas fronteiras terrestres entre a África e a União Europeia, e estão submetidas a uma forte pressão migratória.
Em Melilla, a chegada de novos imigrantes nas últimas semanas aumentou novamente a população do CETI, o centro de acolhida governamental de Melilla. Apesar de contar com 480 vagas, abriga atualmente mais de mil pessoas. Para isso, foram instaladas tendas do exército.
Mas a situação pode piorar, com um número elevado de imigrantes à espera de uma oportunidade de entrar em Melilla.
"Ainda há um grande número de imigrantes que estão esperando para atravessar a fronteira, e segundo informações que recebemos eles estão cercando a cidade", advertiu Barkani.
De acordo com estimativas do governo espanhol, 80.000 imigrantes subsaarianos esperam poder entrar em Ceuta e Melilla.
"Há 40.000 pessoas no Marrocos que esperam ilegalmente para entrar na Espanha, e 40.000 outros na fronteira da Mauritânia com o Marrocos", declarou no dia 4 de março o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz.
Após a entrada em massa de imigrantes nas últimas semanas e o polêmico incidente em Ceuta, a Espanha exige mais ajuda da União Europeia para lutar contra a imigração ilegal.
Nesta terça-feira, Fernández Díaz anunciou o envio de reforços policiais para Melilla. Além disso, a vala fronteiriça, equipada com câmeras ultrassensíveis, deve ser aperfeiçoada nas próximas semanas com a instalação de novos postos de vigia e de um alambrado "anti-escalada".
Madri - Cerca de 500 imigrantes conseguiram entrar nesta terça-feira no enclave espanhol de Melilla, ao norte do Marrocos , em uma das maiores "invasões" dos últimos anos, segundo o delegado do governo da cidade, Abdemalik el Barkani.
A invasão, descrita como "violenta" por Barkani, aconteceu na madrugada desta terça-feira, quando cerca de mil imigrantes subsaarianos tentaram pular a cerca tripla na fronteira de Melilla.
O grupo, "ajudado pelo mau tempo e pela presença de nevoeiro", se aproximou da fronteira antes das 07h00 GMT (04h00 no horário de Brasília). Cerca de "500 conseguiram pular a cerca", explicou em uma coletiva de imprensa.
De acordo com uma declaração da delegação do governo, os imigrantes tinham "uma atitude extremamente agressiva, jogavam pedras, paus e todo tipo de objetos contra as forças de segurança".
Muitos imigrantes ficaram feridos "com cortes e arranhões", segundo Barkani, e 29 precisaram receber cuidados médicos.
Do lado marroquino, o Ministério do Interior informou a detenção de 250 imigrantes e de trinta feridos, 28 subsaarianos, e cinco policiais.
De acordo com a delegação do governo em Melilla , dois destes imigrantes sofreram "ferimentos graves".
No dia 6 de fevereiro, durante uma tentativa de entrada forçada no outro enclave espanhol norte-africano, Ceuta, ao menos 14 imigrantes morreram, em um incidente por cuja gestão o governo de Madri foi criticado.
Devido a este incidente, a Guarda Civil espanhola foi proibida de portar armas de balas de borracha, utilizadas para frear as frequentes tentativas dos imigrantes.
Ceuta e Melilla são as únicas fronteiras terrestres entre a África e a União Europeia, e estão submetidas a uma forte pressão migratória.
Em Melilla, a chegada de novos imigrantes nas últimas semanas aumentou novamente a população do CETI, o centro de acolhida governamental de Melilla. Apesar de contar com 480 vagas, abriga atualmente mais de mil pessoas. Para isso, foram instaladas tendas do exército.
Mas a situação pode piorar, com um número elevado de imigrantes à espera de uma oportunidade de entrar em Melilla.
"Ainda há um grande número de imigrantes que estão esperando para atravessar a fronteira, e segundo informações que recebemos eles estão cercando a cidade", advertiu Barkani.
De acordo com estimativas do governo espanhol, 80.000 imigrantes subsaarianos esperam poder entrar em Ceuta e Melilla.
"Há 40.000 pessoas no Marrocos que esperam ilegalmente para entrar na Espanha, e 40.000 outros na fronteira da Mauritânia com o Marrocos", declarou no dia 4 de março o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz.
Após a entrada em massa de imigrantes nas últimas semanas e o polêmico incidente em Ceuta, a Espanha exige mais ajuda da União Europeia para lutar contra a imigração ilegal.
Nesta terça-feira, Fernández Díaz anunciou o envio de reforços policiais para Melilla. Além disso, a vala fronteiriça, equipada com câmeras ultrassensíveis, deve ser aperfeiçoada nas próximas semanas com a instalação de novos postos de vigia e de um alambrado "anti-escalada".