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50% das reservas de peixes sofrem com exploração excessiva

Outro dado de destaque da Unesco em seu comunicado é que 60% dos recifes de coral do mundo estão ameaçados por atividades locais


	Pesca: nas águas da Sibéria oriental, que estão em risco elevado, calcula-se que o potencial de captura de peixe vai sofrer um retrocesso de 28%
 (Januar)

Pesca: nas águas da Sibéria oriental, que estão em risco elevado, calcula-se que o potencial de captura de peixe vai sofrer um retrocesso de 28% (Januar)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 09h55.

Paris - Cerca de 50% das reservas de peixes nos grandes ecossistemas marítimos sofrem um excesso de exploração, advertiu nesta quarta-feira a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco, que fala de "números alarmantes" em sua avaliação mundial.

Nas águas da Sibéria oriental, que estão em risco elevado, calcula-se que o potencial de captura de peixe vai sofrer um retrocesso de 28%.

Outro dado de destaque da Unesco em seu comunicado é que 60% dos recifes de coral do mundo estão ameaçados por atividades locais e que 90% poderiam estar ameaçados em 2030 pelo efeito combinado dessas atividades e do aquecimento global.

Com relação ao tema, a Unesco aponta que 64 dos 66 grandes ecossistemas marítimos que existem no mundo experimentam esse aquecimento global, que é "ultra rápido" no noroeste e no nordeste do Atlântico, assim como no oeste do Pacífico.

Os resultados de avaliação no oceano e nos grandes ecossistemas marítimos põem em evidência "o risco de um agravamento desastroso dos impactos acumulativos pelas situações locais e mundiais", assim como das consequências para o desenvolvimento turístico pelo aquecimento global, alertou a Unesco.

Diante dessa ameaça, os autores da avaliação identificaram que há "um potencial importante" se houver "uma governança integrada em escala mundial e regional para fazer frente a esses problemas e reforçar a capacidade dos países para conservar e utilizar de forma duradoura" o meio marinho e seus recursos.

"A manutenção da saúde e da produtividade dos recursos desses sistemas aquáticos além das fronteiras - concluiu - permitirá ajudar os países a alcançarem os objetivos mundiais para a redução da pobreza e da fome, assim como para a promoção do crescimento econômico sustentável".

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