5 riscos políticos presentes no mundo
Relatório do Citi aponta situações críticas sobre a política e insatisfação popular no mundo
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2012 às 06h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.
São Paulo – Não existe calmaria generalizada e a situação política e econômica de alguns países merecem destaque. Tina Fordham, analista política do Citi, ao lado de sua equipe, preparou um relatório apontando uma série de riscos políticos presentes em diversas partes do mundo. Clique nas fotos ao lado e conheça cinco deles.
No relatório, Tina Fordham e sua equipe afirmam que a onda de protestos na Rússia tem as demonstrações mais fortes desde a perestroika. Eles apontam que observadores internacionais esperavam que os protestos diminuíssem no país após o então primeiro-ministro Vladimir Putin vencer as eleições e voltar a ser presidente do país. Aconteceu justamente o contrário e os protestos continuam. “Os preços brandos do petróleo e os planos para restringir o livre discurso sinalizam a possibilidade de um período de tensões pela frente, ao passo de que a classe média russa continuará desafiando ao governo”, afirmam a analista política do Citi. Na visão do Citi, o cenário atual limita reformas e modernizações na Rússia e dificulta que o governo volte a ter altos níveis de aprovação. “Acreditamos que a alta demanda por mudanças políticas é muito provável pelos próximos três anos”. A foto ao lado mostra a banda punk Pussy Riot, um dos símbolos atuais da oposição popular ao governo russo.
Na Grécia, com a mudança no padrão de vida que a austeridade causa - e, consequentemente, deixa a população descontente – o Citi alerta que aumentam as evidências de mais problemas sociais, como fome, pessoas sem casa e o aumento do risco de uma divisão violenta na Grécia. A situação aumenta a chances de que o país se torne algo que o Fórum Econômico Mundial chama de “critical fragile states”, que são países que não providenciam condições básicas para a população. Há também na Grécia o risco econômico. Recentemente, num outro relatório, o Citi alertou que o país tem 90% de chances de deixar a zona do euro nos próximos 12 a 18 meses.
As pesquisas mais recentes indicam que Hugo Chávez, atual presidente da Venezuela, deve se reeleger nas eleições que acontecem no país neste ano. A saúde do atual líder, porém, está fragilizada. Por mais que Chávez insista em dizer que está bem, não é possível confirmar seu real estado. Apesar da saúde frágil do atual líder, a Venezuela não apresenta um sucessor “na manga” para Chávez. O Citi reforça que há especulações sobre o que pode ocorrer caso Chávez faleça antes ou depois das eleições. Se isso acontecer, independente do momento, essa possibilidade deve mudar a maneira como o país monopoliza o setor de petróleo.
As especulações de que Israel poderia atacar o Irã por conta do programa nuclear do país crescem e a analista política do Citi também acredita nessa possibilidade. Na visão do Citi, as chances de uma ação militar acontecer contra o Irã e as locações de seu programa militar após as eleições nos Estados Unidos são maiores que 25%. Se nada acontecer logo após o pleito, a possibilidade aumenta na primeira metade de 2013.
Mais lidas
Mais de Mundo
Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do TesouroPartiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continenteSem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semanaJuiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô