300 peregrinos partem de Miami para ver papa em Cuba
Muitos deles saíram há décadas da ilha fugindo do regime castrista ou buscando uma vida melhor
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2012 às 21h29.
Miami - Um total de 306 peregrinos partiu nesta segunda-feira do Aeroporto Internacional de Miami rumo a Santiago de Cuba para participar da visita do papa à ilha, de onde muitos saíram há décadas fugindo do regime castrista ou buscando uma vida melhor.
'Esta era a primeira oportunidade de poder viajar para Cuba. Há 52 anos deixei a ilha', explicou à Agência Efe Gisela Feil minutos antes de embarcar em um dos dois voos fretados pela Arquidiocese de Miami por ocasião da visita de Bento XVI, que chega nesta segunda-feira a Cuba procedente do México.
Feil reconheceu estar emocionada sobretudo por poder exercer a fé católica novamente. 'Quando saí tive que rejeitar a fé, e agora me sinto livre de poder retornar e dizer que Deus ama a todos', disse.
Para esta cubana residente nos Estados Unidos - como para a maior parte dos peregrinos que partiram de Miami-, a notícia da visita do papa a Cuba foi como 'se Jesus voltasse de novo à Terra'. 'A Igreja é minha irmandade e para mim significa muitíssimo', afirmou ela.
Outra cubana de 83 anos, Atenea Estévez, que saiu do país há 50, comentava que 'se sentia nervosa' por voltar a pisar em seu país após tanto tempo.
'Saí de Cuba no mês de novembro do ano 61. Pensava que no início do ano seguinte iria retornar, mas não foi assim. Estive esperando o retorno durante 50 anos', declarou à Efe esta exilada nascida em Jovellanos (Matanzas) pouco antes de embarcar.
Estévez está convencida de que quando chegar à ilha não poderá 'parar de chorar', porque tem familiares em Havana que há 50 anos não vê: 'Tenho primos que nem conheço, estão todos nos esperando. Vou vê-los apenas um dia, será o dia do milagre', explicou.
Julia Hernández Batista, cubana de 89 anos, também não voltou a pisar na ilha desde que se exilou há 51 anos como muitos outros compatriotas fugindo do regime castrista e com a intenção de encontrar uma vida melhor nos EUA, embora tenha sonhado em muitas ocasiões com a volta.
'Não achava que poderia ir. Mas vou porque o papa irá' afirmou à Efe. 'Vou para dar esperança e fé a todos os irmãos cubanos', declarou emocionada uma mulher que vê na visita do papa 'um presente que Deus está dando'.
Sua filha, Maria Quintana, que nasceu em Miami, quis acompanhar sua mãe a Cuba e conhecer a ilha.
'É uma emoção muito intensa. Não posso acreditar', descrevia Quintana sobre seu estado de ânimo minutos antes de este grupo de peregrinos, com o arcebispo de Miami, Thomas Wenski, à frente, embarcar com direção à ilha.
A máxima autoridade da Igreja Católica em Miami expressou sua confiança de que, durante a visita do papa à ilha, muitos dos cubanos 'estejam rezando para conseguir um futuro de esperança para Cuba'.
Além de cubanos ou descendentes de cubanos, este grupo de peregrinos é integrado por americanos católicos sem raízes na ilha - embora a Arquidiocese não tenha divulgado dados exatos de quantos são -, assim como por eclesiásticos de diferentes regiões dos Estados Unidos.
Entre eles a irmã Cecilia Alonso, que levava a bandeira de Cuba, dos EUA e do Vaticano para receber Bento XVI.
'Estou muito contente de poder participar da missa para fortalecer a fé do povo cubano e apoiar a visita do papa', disse a religiosa. 'Todo mundo está muito contente e alegre porque é uma viagem para que a fé do povo de Cuba cresça', acrescentou.
Felipe Estévez, o bispo de Santo Agostinho (Flórida), reconheceu que 'havia uma grande expectativa' perante a quantidade de exilados cubanos que queriam viajar à ilha para acompanhar o papa.
'Eu me sinto muito contente de poder estar com o santo pai. Isto não acontece com frequência', disse Estévez.
José Márquez, outro peregrino cubano, disse à Efe que 'o mais importante da viagem é o apoio que pode dar à igreja cubana. Fizeram um trabalho fantástico e acho que é preciso apoiá-lo'.
Sua esposa, Gelasia Márquez, disse que a viagem 'é um reconhecimento a todo o trabalho feito pela comunidade de fé. Não apenas os bispos, sacerdotes e freiras, mas muitos laicos que nunca perderam sua fé e continuaram trabalhando'.
Este casal viaja pela terceira vez a Cuba desde que começaram a permitir viagens dos EUA em determinados casos e elogiou a administração de Barack Obama por flexibilizar as normas nesse sentido.
Junto a estes peregrinos, que viajam sob a organização da Arquidiocese de Miami, cerca de outras 500 pessoas viajaram ou devem viajar na terça-feira desde a Flórida para participar da visita do papa a Cuba.
Miami - Um total de 306 peregrinos partiu nesta segunda-feira do Aeroporto Internacional de Miami rumo a Santiago de Cuba para participar da visita do papa à ilha, de onde muitos saíram há décadas fugindo do regime castrista ou buscando uma vida melhor.
'Esta era a primeira oportunidade de poder viajar para Cuba. Há 52 anos deixei a ilha', explicou à Agência Efe Gisela Feil minutos antes de embarcar em um dos dois voos fretados pela Arquidiocese de Miami por ocasião da visita de Bento XVI, que chega nesta segunda-feira a Cuba procedente do México.
Feil reconheceu estar emocionada sobretudo por poder exercer a fé católica novamente. 'Quando saí tive que rejeitar a fé, e agora me sinto livre de poder retornar e dizer que Deus ama a todos', disse.
Para esta cubana residente nos Estados Unidos - como para a maior parte dos peregrinos que partiram de Miami-, a notícia da visita do papa a Cuba foi como 'se Jesus voltasse de novo à Terra'. 'A Igreja é minha irmandade e para mim significa muitíssimo', afirmou ela.
Outra cubana de 83 anos, Atenea Estévez, que saiu do país há 50, comentava que 'se sentia nervosa' por voltar a pisar em seu país após tanto tempo.
'Saí de Cuba no mês de novembro do ano 61. Pensava que no início do ano seguinte iria retornar, mas não foi assim. Estive esperando o retorno durante 50 anos', declarou à Efe esta exilada nascida em Jovellanos (Matanzas) pouco antes de embarcar.
Estévez está convencida de que quando chegar à ilha não poderá 'parar de chorar', porque tem familiares em Havana que há 50 anos não vê: 'Tenho primos que nem conheço, estão todos nos esperando. Vou vê-los apenas um dia, será o dia do milagre', explicou.
Julia Hernández Batista, cubana de 89 anos, também não voltou a pisar na ilha desde que se exilou há 51 anos como muitos outros compatriotas fugindo do regime castrista e com a intenção de encontrar uma vida melhor nos EUA, embora tenha sonhado em muitas ocasiões com a volta.
'Não achava que poderia ir. Mas vou porque o papa irá' afirmou à Efe. 'Vou para dar esperança e fé a todos os irmãos cubanos', declarou emocionada uma mulher que vê na visita do papa 'um presente que Deus está dando'.
Sua filha, Maria Quintana, que nasceu em Miami, quis acompanhar sua mãe a Cuba e conhecer a ilha.
'É uma emoção muito intensa. Não posso acreditar', descrevia Quintana sobre seu estado de ânimo minutos antes de este grupo de peregrinos, com o arcebispo de Miami, Thomas Wenski, à frente, embarcar com direção à ilha.
A máxima autoridade da Igreja Católica em Miami expressou sua confiança de que, durante a visita do papa à ilha, muitos dos cubanos 'estejam rezando para conseguir um futuro de esperança para Cuba'.
Além de cubanos ou descendentes de cubanos, este grupo de peregrinos é integrado por americanos católicos sem raízes na ilha - embora a Arquidiocese não tenha divulgado dados exatos de quantos são -, assim como por eclesiásticos de diferentes regiões dos Estados Unidos.
Entre eles a irmã Cecilia Alonso, que levava a bandeira de Cuba, dos EUA e do Vaticano para receber Bento XVI.
'Estou muito contente de poder participar da missa para fortalecer a fé do povo cubano e apoiar a visita do papa', disse a religiosa. 'Todo mundo está muito contente e alegre porque é uma viagem para que a fé do povo de Cuba cresça', acrescentou.
Felipe Estévez, o bispo de Santo Agostinho (Flórida), reconheceu que 'havia uma grande expectativa' perante a quantidade de exilados cubanos que queriam viajar à ilha para acompanhar o papa.
'Eu me sinto muito contente de poder estar com o santo pai. Isto não acontece com frequência', disse Estévez.
José Márquez, outro peregrino cubano, disse à Efe que 'o mais importante da viagem é o apoio que pode dar à igreja cubana. Fizeram um trabalho fantástico e acho que é preciso apoiá-lo'.
Sua esposa, Gelasia Márquez, disse que a viagem 'é um reconhecimento a todo o trabalho feito pela comunidade de fé. Não apenas os bispos, sacerdotes e freiras, mas muitos laicos que nunca perderam sua fé e continuaram trabalhando'.
Este casal viaja pela terceira vez a Cuba desde que começaram a permitir viagens dos EUA em determinados casos e elogiou a administração de Barack Obama por flexibilizar as normas nesse sentido.
Junto a estes peregrinos, que viajam sob a organização da Arquidiocese de Miami, cerca de outras 500 pessoas viajaram ou devem viajar na terça-feira desde a Flórida para participar da visita do papa a Cuba.