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2ª onda de covid-19 pode causar 120 mil mortes no Reino Unido, diz estudo

O relatório alerta que "uma preparação intensa" é necessária para reduzir o risco do serviço publico de Saúde sofrer um colapso no inverno europeu

"Não é uma previsão, é uma possibilidade", enfatizou Holgate (Simon Dawson/Reuters)
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AFP

Publicado em 14 de julho de 2020 às 06h29.

Última atualização em 14 de julho de 2020 às 14h17.

Uma segunda onda de contaminação da covid-19 neste inverno europeu poderia causar até 120.000 mortes nos hospitais do Reino Unido , no pior cenário "razoável" sem preparação adequada, segundo estudo da Academia de Ciências Médicas que será publicado nesta terça-feira (14).

"Não é uma previsão, é uma possibilidade", enfatizou em comunicado o professor Stephen Holgate, que comandou a elaboração do relatório por 37 especialistas, solicitado pelo governo do primeiro-ministro Boris Johnson.

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O relatório alerta que "uma preparação intensa" é necessária a partir de agora para reduzir o risco do serviço publico de Saúde (NHS) sofrer um colapso neste inverno europeu.

Alguns estudos temem que o novo coronavírus, responsável pela morte de cerca de 45.000 pessoas no Reino Unido, país mais atingido pela doença na Europa, se propague com mais força durante a temporada fria.

Embora o relatório explique que existe um "alto grau de incerteza" sobre a evolução da epidemia da COVID-19, o "pior cenário razoável" prevê um aumento da taxa de reprodução do vírus de 1,7 a partir de setembro. Este dado, que corresponde ao número médio de pessoas que se infectam através de outra pessoa já infectada, está atualmente entre 0,7-0,9 no país.

As previsões estabelecidas sobre a base deste tipo de cenário citam picos de mortes e admissões em hospitais de janeiro e fevereiro de 2021 "similares ou piores" aos da primeira onda da primavera, coincidindo com o habitual aumento da atividade no sistema hospitalar devido a doenças sazonais.

O número de mortes relacionadas à COVID-19 entre setembro de 2020 e junho de 2021 poderia chegar a 119.900.

Contudo, a estimativa não leva em consideração ações do governo para reduzir a taxa de contaminação, nem a utilização de dexametasona, corticoide que permite reduzir a taxe de mortalidade dos pacientes em estado grave, segundo os autores do estudo.

Os especialistas defendem, entre outras medidas, a realização de campanhas de informação para o público, o aumento da capacidade de testes diagnósticos e que pessoas nos grupos de risco e trabalhadores da saúde se protejam dos efeitos mais graves da gripe se vacinando.

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