200 imigrantes separados de seus pais ainda estão sob custódia nos EUA
Outros 184 serão entregues a parentes, por conta da renúncia dos pais ou porque se determinou que estes representam um perigo para o bem-estar do menor
EFE
Publicado em 9 de novembro de 2018 às 13h21.
San Diego - O governo dos Estados Unidos reunificou 2.458 menores dos 2.667 que foram separados dos seus pais na fronteira sul, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira em uma corte federal no sul da Califórnia.
Dos 209 menores cujos casos ainda não foram resolvidos, 25 continuam sob os cuidados do Escritório de Realocação de Refugiados (ORR) e à espera de serem levado aos seus pais.
Por sua vez, os outros 184 serão entregues a um parente ou tutor, seja porque os pais renunciaram ao seu direito à reunificação ou porque se determinou que estes representam um perigo para o bem-estar do menor.
Em alguns casos de pais deportados, estes pediram que seus filhos continuem nos Estados Unidos já que preferem renunciar a eles que expô-los às condições de violência de seus países de origem, segundo documentos da corte.
Quando o juiz federal Dana Sabraw, da corte de San Diego, ordenou no final de junho que fossem reunificadas todas as famílias afetadas pela política de "tolerância zero" contra a imigração irregular, o governo tinha identificado 2.654 menores afetados, embora recentemente tenha modificado esse número para 2.667 menores.
O governo do presidente Donald Trump e os advogados que representam as famílias indocumentadas chegaram a um acordo que se espera que seja assinado no próximo 15 de novembro, sob o qual serão reconsiderados os pedidos de asilo para as famílias que foram separadas na fronteira.
No relatório apresentado hoje, o governo revelou que já iniciou o processo de orientação para 70 famílias e informou que 62 pais e 58 crianças já receberam a entrevista correspondente aos pedidos de asilo por "medo crível".
Na maioria dos casos, o governo federal insinua que já há uma decisão por parte do Serviço de Imigração e Cidadania (USCIS), embora esta não tenha sido especificada no relatório.
Os advogados da União Americana de Liberdades Civis (ACLU), que representam as famílias separadas, citaram 27 imigrantes que continuam reclusos em um centro de detenção no Texas, que, após ter completado sua entrevista no final de outubro, ainda não receberam resposta por parte das autoridades.
Por isso solicitaram ao juiz que continue supervisionando a implementação deste acordo, exigindo que o governo federal notifique sobre o progresso, assim como nos casos que se aprovou ou rejeitou a solicitação de asilo feita pelos membros da reivindicação coletiva.