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150 pacientes são retirados do leste de Aleppo, diz Cruz Vermelha

Civis estavam retidos no local há dias devido aos combates nas imediações e à aproximação da frente de batalha

Aleppo: situação humanitária na cidade é "reconhecidamente catastrófica" (Abdalrhman Ismail / Reuters)

Aleppo: situação humanitária na cidade é "reconhecidamente catastrófica" (Abdalrhman Ismail / Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 11h16.

Genebra - Quase 150 civis, a maioria incapacitados ou necessitados de cuidados médicos urgentes, foram retirados de um hospital da Cidade Velha de Aleppo de quarta para quinta-feira, na primeira grande retirada de pessoas do leste da cidade síria, informou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) nesta quinta-feira.

Os civis estavam retidos no local há dias devido aos combates nas imediações e à aproximação da frente de batalha.

Onze paciente morreram por falta de remédios ou no fogo cruzado antes de equipes do CICV e do Crescente Vermelho Árabe da Síria conseguirem alcançá-los, disse a primeira entidade.

A chefe da delegação do CICV na Síria, Marianne Gasser, que está em Aleppo, disse em um comunicado sobre os retirados: "Muitos deles não conseguem se locomover e precisam de atenção e cuidados especiais".

Dos pacientes incapacitados, portadores de doenças mentais e feridos levados do hospital de Dar Al-Safaa, localizado na Cidade Velha, no final de quarta-feira, 118 foram encaminhados a três hospitais do oeste de Aleppo, que é controlado pelo governo.

Casos de traumas e emergências foram levados ao centro cirúrgico e hospital universitário de Al-Razi, disse a porta-voz do CICV, Krista Armstrong, à Reuters, e o hospital de Ibn Khaldoun acolheu os doentes mentais e os idosos, disse ela.

Outros 30 homens, mulheres e crianças foram encaminhados a abrigos também no oeste da cidade, disse o comunicado do CICV.

Devido à continuidade dos combates no leste de Aleppo, a situação humanitária é "reconhecidamente catastrófica", segundo o CICV.

A entidade pediu a todos os lados do conflito que permitam uma pausa humanitária para a entrega de suprimentos de ajuda no setor sitiado, que está inacessível desde abril.

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