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Mercado se prepara para pior taxa de desemprego da história dos EUA

Economistas projetam que, em abril, 22 milhões de postos de trabalhos tenham sido fechados no país

Estados Unidos: homem em frente do Departamento do Trabalho do estado de Nova York (Stephanie Keith/Getty Images)

Estados Unidos: homem em frente do Departamento do Trabalho do estado de Nova York (Stephanie Keith/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de maio de 2020 às 06h00.

Última atualização em 8 de maio de 2020 às 06h00.

O mercado financeiro amanhece ansioso para saber como o desemprego evoluiu, em abril, nos Estados Unidos. Os números oficiais, que irão elucidar uma importante parte dos impactos do coronavírus covid-19 na maior economia do mundo, serão revelados ainda pela manhã, às 9h30 desta sexta-feira, 8. A expectativa é a de que este seja um dos dados mais importantes do ano e, muito provavelmente, um dos piores da história.

Pelas mediana das projeções de economistas consultados pelo The Wall Street Journal, a taxa de desemprego de abril deve saltar dos 4,4%, de março, para 16%. O número poderia ficar até cinco pontos percentuais abaixo das previsões que ainda assim estaria acima dos 10,8% registrado na recessão 1982 - tido até então como o pior da série histórica do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, que se inicia em 1948.

Em números totais, o payroll desta sexta deve apontar para o fechamento de mais 22 milhões de postos de trabalhos - cerca de 30 vezes superior às perdas de março.

Os dados da ADP, conhecidos como uma prévia do payroll e divulgados na quarta-feira, 6, apontaram para o fechamento de 20,236 milhões de empregos. Mesmo levemente acima das expectativas, o número foi capaz de pressionar as bolsas de valores do mundo inteiro para baixo. Nesta sexta, um resultado ainda pior do que se imagina pode ter o mesmo efeito. 

Desde de meados de março, os dados semanais de pedidos de seguro desemprego estão na casa dos milhões. Considerando apenas os números referentes às semanas de abril, somam-se 23,386 milhões de pedidos, de um total de 33,2 milhões em sete semanas.

Nesta quinta-feira, 7, foi divulgado o último balanço semanal sobre pedidos de auxílio desemprego, já referente à primeira semana de maio. Embora tenham caído pela quarta semana consecutiva, os 3,169 milhões de pedidos também ficaram acima do esperado.

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