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Índice fecha em queda de mais de 1%, mas sustenta os 107 mil pontos

Índice caiu 1,16%, a 107.168,91 pontos, nesta quarta-feira

Ibovespa: ações de bancos e da Petrobras estiveram entre as maiores pressões de baixa (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Ibovespa: ações de bancos e da Petrobras estiveram entre as maiores pressões de baixa (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 18h07.

Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 18h56.

São Paulo — O Ibovespa fechou em queda de mais de 1% nesta terça-feira, com ações de bancos e da Petrobras entre as maiores pressões de baixa, em sessão de ajustes e contaminada pela forte valorização do dólar em relação ao real e por receios de atraso de reformas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,26%, a 107.059,40 pontos. O volume financeiro da sessão somou 26,676 bilhões de reais.

No mercado de câmbio, o dólar chegou a bater máxima nominal recorde de quase 4,28 reais, com os investidores repercutindo declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, entre elas de que o câmbio de equilíbrio "tende a ir para um lugar mais alto".

O dólar desacelerou após atuações do Banco Central, mas fechou com avanço de 0,59%, a 4,2398 reais, recorde de fechamento.

Além do efeito câmbio, o gestor sócio de uma gestora de recursos em São Paulo citou receios com o risco de atraso nas reformas, em meio a ruídos no ambiente político local.

Não ajudou o comentário de Guedes na véspera sobre a possibilidade de um novo AI-5 em caso de manifestações mais radicais no país. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, um dos principais articuladores da pauta econômica, disse que o ministro cria dúvidas sobre as intenções do governo.

Para o gestor Ricardo Campos, sócio-fundador da Reach Capital, a ausência de potenciais notícias benignas patrocina ajustes na bolsa paulista, com o desempenho do Ibovespa no acumulado do ano mostrando alta de mais de 20%.

"Na dúvida, melhor garantir do que correr o risco de estar exposto e sair algo negativo", disse.

Profissionais da área de renda variável também têm citado que o ambiente social mais tenso em diversos países na América Latina tem pesado sobre o sentimento dos investidores, principalmente estrangeiros.

Empresas brasileiras levantaram em 2019 o maior volume de recursos da década com ofertas de ações, mas ainda não houve sinais deste entusiasmo entre estrangeiros que sustentaram booms anteriores no país, principalmente pelo baixo crescimento econômico e temor em relação à polarização política.

Em Wall Street, o S&P 500 voltou a renovar máxima, embora com alta de apenas 0,22%, com investidores ainda atentos ao noticiário sobre comércio China-EUA, bem como a números e perspectivas de varejistas norte-americanas.

A sessão desta terça-feira também foi marcada pelo rebalanceamento semestral dos índices de ações MSCI Global no fechamento, com o MSCI Brasil incluindo a entrada dos papéis da Hapvida e a exclusão de M.Dias Branco, que não estão no Ibovespa. (http://bit.ly/33j5dYx)

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,04% e BRADESCO PN recuou 2,14%, em outro dia negativa para o setor financeiro, também refletindo receios de eventual tributação sobre dividendos. BTG PACTUAL UNIT cedeu 2,15%.

- PETROBRAS PN perdeu 1,82%, apesar dos ganhos dos preços do petróleo no exterior, conforme agentes financeiros continuam atentos à mobilização de funcionários da companhia.. A Petrobras também encerrou negociações para vender unidades de fertilizantes.

- AZUL PN e GOL PN recuaram 4,53% e 3,84%, respectivamente, refletindo o efeito da valorização do dólar ante o real, que impacta os custos de companhias aéreas.

- MAGAZINE LUIZA ON caiu 2,84%, a poucos dias da Black Friday. B2W cedeu 3,08%. VIA VAREJO ON subiu 0,25%. A XP Investimentos colocou Via Varejo entre suas ações preferidas no varejo para 2020, e cortou a recomendação de B2W para neutra, mesma avaliação que manteve para Magazine Luiza.

- BRF subiu 1,91%, com analistas do Bradesco BBI reiterando 'outperform', embora tenham cortado preço-alvo. MARFRIG ON caiu 4,62% e JBS ON perdeu 2,44%.

- VALE ON fechou com alta 0,71%, favorecida pela alta do dólar, apesar da queda do preço do minério de ferro na China, enquanto CSN ON avançou 4,21%. GERDAU PN encerrou com elevação de 2,74% e USIMINAS PNA teve acréscimo de 1,07%.

- KLABIN UNIT e SUZANO ON avançaram 0,69% e 0,21%, respectivamente, também reagindo ao movimento da taxa de câmbio, em razão do efeito positivo na receita das fabricantes de papel e celulose. Dados sobre o setor de celulose também mostraram melhora em outubro.

- YDUQS ON subiu 3,11%, em sessão marcada por encontro da empresa com investidores e analistas. A rival COGNA ON caiu 3,96%.

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