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França, Itália e Espanha restringem negociações para conter liquidação

Países europeus proibiram as vendas a descoberto para proteger as maiores empresas

Coronavírus: rara intervenção nos mercados destaca o crescente senso de alarme nas capitais europeias (Benoit Tessier/Reuters)

Coronavírus: rara intervenção nos mercados destaca o crescente senso de alarme nas capitais europeias (Benoit Tessier/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de março de 2020 às 09h45.

Última atualização em 17 de março de 2020 às 10h23.

França, Itália e Espanha restringiram as negociações nos mercados acionários nesta terça-feira, proibindo vendas a descoberto para proteger algumas das maiores empresas da Europa de uma liquidação provocada pelo coronavírus.

A medida, também adotada pela Bélgica, vai temporariamente suspender as apostas em ações em queda de várias empresas, da Anheuser-Busch InBev ao banco espanhol Santander e à empresa aérea Air France-KLM.

Nas vendas a descoberto, operadores tomam emprestado a ação de uma empresa com a visão de vendê-la, esperando recomprá-la a um preço mais baixo e embolsar a diferença, prática que normalmente exacerba os movimentos do mercado em meio a vendas em pânico.

A rara intervenção nos mercados, vista pela última vez na esteira da crise financeira, destaca o crescente senso de alarme nas capitais europeias conforme tentam conter uma doença que já fechou as escolas e lojas em todo o continente.

Na Itália, a proibição de 24 horas se aplica a seu maior banco, o UniCredit, e à montadora Fiat Chrysler Automobiles.

O regulador italiano do mercado, a Consob, deve anunciar ainda uma proibição mais duradoura, podendo adotar por até 90 dias, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

O partido governista 5 Estrelas, parte de uma coalizão do governo, chegou a pedir que os mercados acionários do país seja fechados totalmente. Isso, entretanto, não recebeu apoio político.

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