Bolsa: crise política gera insegurança em relação ao andamento da reforma da Previdência (NurPhoto/Getty Images)
Karla Mamona
Publicado em 22 de março de 2019 às 15h18.
Última atualização em 22 de março de 2019 às 15h23.
São Paulo - O Ibovespa ampliou as perdas na tarde desta sexta-feira. Às 15h, o principal indicador da Bolsa caia 3% aos 93.760,83. Já o dólar seguia o caminho oposto e subia 2,35%, sendo vendido na casa dos R$ 3,88.
O mercado repercute as prisões do ex-presidente Michel Temer e de Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, deram início ao receio em relação ao andamento da reforma da Previdência. A situação se agravou com a ameaça do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em deixar a articulação política da reforma da Previdência.
Hoje à tarde, Maia afirmou em sua conta no Twitter que não vai deixar de defender a reforma da Previdência. A afirmação foi feita em resposta a um questionamento da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) na rede social.
Analistas afirmam que os investidores perceberam que a aprovação da reforma da Previdência será muito mais difícil do que o imaginado a alguns meses atrás. “Mesmo com toda a urgência fiscal e o risco de quebra generalizada do governo federal nos próximos anos. O plano de voo traçado pelo governo previa tamanha turbulências”, afirmou a equipe de analistas corretora CoinValores.
A XP Investimentos destacou que os próximos três ou quatro meses serão cruciais para o Brasil e acredita no avanço da agenda reformista do ministro da Economia, Paulo Guedes. Entretanto, os analistas prevem volatilidade, com um duro processo de negociação adiante para a reforma da Previdência, e uma série de riscos que podem aumentar a tensão (como os desta semana), motivo pelo qual sugerem manter proteções e hedges nas carteiras.