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QuintoAndar e Greystar firmam parceria que deve expandir conceito de multifamily no país

QuintoAndar e Greystar anunciam parceria de aluguel de imóveis exclusivos na plataforma

Cristiano Viola e Fernando Oporto: parceria ajudará expandir mercado de mercado de empreendimento multifamily (QuintoAndar/Divulgação/Divulgação)

Cristiano Viola e Fernando Oporto: parceria ajudará expandir mercado de mercado de empreendimento multifamily (QuintoAndar/Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 21 de junho de 2023 às 18h08.

O mercado de empreendimento multifamily tem ganhado força no país nos últimos anos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, já são 1.600 unidades, segundo um levantamento realizado pela Brain. Este segmento tem atraídos grandes empresas do setor e fundos de investimentos. É o caso da Greystar, que desembarcou no Brasil em 2020. A incorporadora e gestora imobiliária americana tem como sócia a Cyrela.

O primeiro empreendimento, de oito previstos, já foi contruído. O recém-lançado é o Ayra Pinheiros, que tem 220 unidades e 25 andares. Do total de unidades, 20 foram alugadas diretamente pela gestora e para aumentar a liquidez do negócio, a empresa firmou uma parceria com o QuintoAndar. A plataforma de aluguel, compra e venda de imóveis irá oferecer 10 unidades para locação.

Em entrevista a EXAME Invest, Fernando Oporto, diretor de operações em aluguel do QuintoAndar, afirmou que a parceria é importante no segmento recém- lançado pela empresa, que é "Propritário Multi" que atende proprietários com pelo menos cinco imóveis, tanto pessoa física e jurídica, e com isso, incorporadoras ou construtoras com uma grande carteira de imóveis.

“É um diferencial ter um parceiro com grande peso no mercado internacional. Além disso, é importante participar do movimento do mercado, que é um novo conceito.”  O executivo destacou ainda a relevância do empreendimento estar localizado no bairro de Pinheiros. Segundo ele, trata-se da região com maior liquidez de locação da plataforma, com prazo médio, do início do anúncio até fechar o contrato, de 13 dias. “Isso mostra como a região está sedenta de oferta.”

Novo jeito de morar

Os apartamentos do Ayra Pinheiros variam entre studios de 36 a 53 metros quadrados, todas as unidades entregues com eletrodomésticos de cozinha, armários, fechadura eletrônica, entre outros. Além disso, as áreas comuns contam com Rooftop com piscina de borda infinita, Sky Lounge, Churrasqueira Gourmet, Academia, Sala de Yoga e Spinning, Studio de Podcast, Coworking, Área pet e pet wash, Bicicletário, Garagem, Depósito, entre outros.

(Greysta/Divulgação)

“Os nossos prédios têm muitas áreas em comum e muito serviço. Temos professor de yoga, snipping, cuidado com pet, área de coworking. É um conceito diferente de morar”, explicou Cristiano Viola, diretor de Operações da Greystar no Brasil. Este conceito transforma a moradia em um canal para venda de produtos e serviços, deixando tudo à mão de seus moradores. Este novo jeito de morar, ainda pouco conhecido pelos brasileiros, e é um dos desafios da Greystar. "O desafio é mostrar qual é o valor agregado de morar em um empreendimento como o nosso."

Apesar do Brasil ser novato neste mercado, a expectativa é de crescimento nos próximos anos. "O Brasil, hoje, tem cerca de 15 prédios. O Chile, que é um mercado mais desenvolvido tem 120 prédios. O Brasil hoje é o Chile de cinco anos atrás. Tem muita oportunidade de crescimento."

O maior mercado de propriedades multifamily é dos Estados Unidos. Segundo o National Multifamily Housing Concil (NMHC), o mercado americano apresenta um total de 14,6 milhões de unidades residenciais atualmente, representando um valor de mercado de 3,3 trilhões de dólares. Segundo a CBRE Research, o novo estoque previsto até 2030 no mercado americano é de cerca de 4,6 milhões de novas unidades, um crescimento de 31%, com investimento previsto em torno de 1,1 trilhão de dólares, ao longo dos próximos 13 anos.

O Brasil está bem longe de alcançar números desse tamanho, mas tem uma avenida de crescimento. A expectativa é de que o mercado de locação no Brasil cresça ­tanto impactado pela busca dos consumidores por mais flexibilidade e por uma necessidade menor de posse do imóvel, como pela projeção de que o aluguel, como fonte de renda, atraia cada vez mais investidores especializados, em um cenário em que a taxa de juro deve entrar em declínio e a inflação fique sob controle.

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