O sonho da garagem própria: o que os pais mais buscam ao comprar imóvel
Pesquisa indica o que eles mais valorizam na hora de adquirir uma propriedade; o tempo que levam para fechar negócio é apontado por outro levantamento
Gabriella Sandoval
Publicado em 24 de setembro de 2021 às 17h37.
Última atualização em 24 de setembro de 2021 às 17h52.
Playground? Piscina? Escolas por perto? Nada. O que famílias com filhos mais procuram na hora de adquirir um imóvel é vaga na garagem. É o que indica uma pesquisa realizada pelo site Imovelweb, referência no mercado imobiliário. De acordo com o levantamento, 61,92% dos pais têm como prioridade um local para estacionar o carro ao bater o martelo na compra de uma nova propriedade.
O segundo atributo mais valorizado é a segurança, apontada por 57,27% dos participantes da pesquisa. A busca por uma região tranquila e silenciosa registrou percentual parecido: 56,40%. A quarta característica mais relevante, com 47,97% dos votos, é a existência de um quintal ou terraço, que ajudam a entreter a criançada.
E opções de lazer, como piscina e salão de jogos? São tidas como prioritárias só para 36,05% das famílias. Os atributos que menos influenciam na decisão de compra são: número de cômodos (35,76%); áreas verdes (35,47%); escolas por perto (30,81%) e jardim exclusivo (24,42%).
Um quarto só para os filhos é de extrema importância para a imensa maioria, ou, mais exatamente, para 96,48% das pessoas, segundo a mesma pesquisa. E foram apontadas várias razões para isso. Para 76,08% dos entrevistados o cômodo exclusivo é necessário porque toda criança precisa exercitar sua autonomia.
Mais de 22% valorizam o espaço porque ele é sinônimo de um local tranquilo para os estudos, enquanto 18,16% o enxergam como uma área de brincadeiras. Sem um quarto só para as crianças, acreditam 9,22% das pessoas, o convívio familiar acaba ameaçado.
Espaço para trabalhar
O Imovelweb também constatou que 74,47% das famílias com filhos foram obrigadas a se adaptar para achar espaço para o home office e para as aulas online dos filhos. Para quase o mesmo percentual, a convivência entre pais e filhos não foi afetada ao longo da pandemia e se manteve muito boa ou boa — 22,58% dos entrevistados registraram altos e baixos e apenas 3,77% reclamaram de piora na relação.
Quase 45% dos participantes têm só um filho; 36,11% têm dois; e 18,94% têm três ou mais. Do total, 65,12% têm imóvel próprio, 34,88% são inquilinos, 56,62% moram em casa e 43,38% em apartamentos.
Jornada da compra
Outra pesquisa recém-divulgada, esta do DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+, debruçou-se sobre o tempo que as famílias levam para fechar negócio. Em média, a compra de um imóvel demora quatro meses, enquanto a assinatura de um contrato de aluguel demanda a metade desse tempo. Registre-se que só 15% das pessoas costumam levar mais de um ano para bater o martelo na aquisição de uma propriedade.
Batizado de "Jornada de compra e locação no mercado imobiliário brasileiro", o levantamento também constatou que o principal público dos imóveis avaliados em até 150.000 reais são os consumidores com renda de até 4.400 reais. Propriedades que custam mais de 1 milhão de reais costumam entrar no radar só de quem embolsa mais de 20 salários mínimos por mês, ou cerca de 22.000 reais.
Quando o assunto é locação, a turma com 4.400 reais de salário mensal se divide entre os que topam pagar até 999 reais de aluguel (52%) e os que admitem desembolsar entre 1.000 e 1.999 reais (44%). Três mil reais é um valor aceitável para 71% dos consumidores com salário de 22.000 reais.
Tanto para o caso de compra, como para locação, os apartamentos são o queridinho de todos — só 40% preferem morar em casa de rua ou em casa dentro de condomínio fechado. E os consumidores que têm filhos? Só 14% deles dão preferência para casas em condomínio. Os demais estão mais de olho em apartamentos. Desde que tenham vagas de garagem...