Economia

Mercado de imóveis dos EUA está melhor e inflação mais fraca

A inflação acelerou levemente de março a junho, mas o excesso de capacidade no mercado de trabalho está contendo as pressões sobre os preços


	Casa à venda: início de construções saltou 15,7% no mês passado
 (Kevork Djansezian/Getty Images)

Casa à venda: início de construções saltou 15,7% no mês passado (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 11h35.

Washington - O início de construções de moradias nos Estados Unidos se recuperou com força em julho, indicando ímpeto na economia, mas uma alta moderada nos preços ao consumidor sugere que o Federal Reserve, banco central do país, tem espaço para manter as taxas de juros baixas por um tempo.

O início de construções saltou 15,7 por cento no mês passado, para ritmo anual ajustado sazonalmente de 1,09 milhão de unidades, interrompendo dois meses seguidos de quedas, informou nesta terça-feira o Departamento do Comércio do país.

Economistas consultados pela Reuters esperavam alta para 969 mil unidades em julho.

Em relatório separado, o Departamento do Trabalho informou que o Índice de Preços ao Consumidor norte-americano subiu 0,1 por cento em julho, após alta de 0,3 por cento em junho, com a queda nos custos da energia compensando parcialmente os avanços dos preços de alimentos e aluguéis.

Nos 12 meses até julho, o índice subiu 2 por cento após avançar 2,1 por cento em junho.

Desconsiderando preços de alimentos e energia, o chamado núcleo de preços ao consumidor subiu 0,1 por cento após um avanço similar em junho.

Nos 12 meses até julho, o núcleo dos preços ao consumidor subiu 1,9 por cento, contra alta pela mesma margem em junho.

A inflação acelerou levemente de março a junho, mas o excesso de capacidade no mercado de trabalho, marcado por um crescimento morno dos salários, está contendo as pressões sobre os preços.

"A recente fraqueza do mercado imobiliário parece estar se revertendo, enquanto o mercado de trabalho parece estar melhorando. E tudo isso vem com pressões inflacionárias crescendo apenas levemente", disse Dan Greenhaus, estrategista-chefe do BTIG em Nova York.

"Assim, acreditamos que o Fed entenderá estes dados como algo que dá mais suporte à abordagem de sair vagarosamente de suas políticas expansionistas".

A maioria dos analistas espera que o Fed mantenha sua taxa referencial de juros overnight até a primeira metade de 2015. O Fed vem mantendo essa taxa perto de zero desde dezembro de 2008.

O Fed tem como meta uma inflação de 2 por cento e acompanha um índice que está ainda mais baixo que o Índice de Preços ao Consumidor.

No mês passado, o banco central disse que o risco da inflação continuar persistentemente abaixo de sua meta diminuiu um pouco.

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