Fernanda Lima, na propaganda da Tim, criada pela agência Lew, Lara (.)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2010 às 19h38.
São Paulo - Seis segundos e meio lhe parece bastante tempo? Certamente não. Pois saiba que esse é o tempo que a propaganda tem para cativar a atenção do consumidor e fazê-lo prestar atenção no restante da mensagem. Passada essa fração preciosa, ele se cansa, não capta tudo o que você quer dizer, e pode transformar uma verba milionária em desperdício.
A metodologia foi desenvolvida pela DraftFCB, rede mundial de agências de publicidade, e tem surtido efeito. "A repercussão tem sido espetacular. É tão natural. Estamos arrumando uma forma ainda melhor de fazer nosso trabalho", afirma Aurélio Lopes, presidente da Giovanni DraftFCB no Brasil e América Latina.
Os 6,5 segundos apontados são estimativa média. O tempo varia de acordo com cada mídia. Na TV, por exemplo, o espectador se presta a ficar 11,1 segundos de olho em algum comercial antes de saber se vai continuar ou não consumindo a mensagem. Já no rádio, o tempo cai para 10,5 segundos. No mundo da internet, a queda é maior: apenas 3,3 segundos para convencer o usuário, enquanto nos impressos e na mídia exterior as agências têm somente 2,9 segundos.
O executivo conta que o "Simple Enough", nome do estudo, começou a ser implementado em maio, nos EUA. Em junho, ganhou holofotes globais durante o Festival de Cannes e agora já virou modelo a ser seguido. O esquema é utilizado nas agências da rede espalhadas por 96 países. "Trabalhe para ser sintético e eficiente. Cada vez mais o consumidor é atingido por milhares de mensagens e tem prestar atenção em você, afirma. Para Lopes, "simplicidade e relevância" são as palavras de ordem.
A pesquisa contou com 2 mil pessoas e levou em consideração a reação delas quando expostas apropagandas. Inclinações do corpo, olhar sobre as peças, emoções dispensadas. Tudo isso contou na avaliação da Draft para estebelecer o novo critério que tem sido desenvolvido em parceria com os clientes das agências.
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