Propaganda da UE é retirada do ar acusada de xenofobia e racismo
Vídeo recebeu acusações de promover estereótipos ao retratar uma mulher branca, representando a União Europeia, ameaçada por lutadores da China, Índia e do Brasil
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2012 às 23h16.
São Paulo - Uma propaganda veiculada na União Europeia foi retirada do ar após gerar protestos e reações negativas. Ao tratar do avanço econômico dos países emergentes, os BRICs, a peça foi acusada de promover estereótipos, xenofobia e até racismo.
O roteiro é direto: uma mulher branca com as mesmas roupas do personagem Noiva/Beatrix Kiddo, do filme Kill Bill, entra num galpão vazio. Ela usa uniforme amarelo e azul (as cores da União Europeia).
De repente, sua segurança é ameaçada pela chegada de três lutadores: um de kung fu, um de capoeira e outro de kalaripayattu, arte macial indiana. Nenhuma palavra é dita, mas as referências a China, Brasil e Índia são claras (com direito a samba na entrada do Brasil). Também fica evidente a posição de antagonistas e de ameaça ocupada pelos BRICs.
O ataque dos três lutadores de minorias étnicas só é impedido porque a mulher se multiplica e forma um círculo ao redor deles. As doze personagens se transformam em estrela, e logo formam o símbolo da União Europeia. Não há embate: a representação da Europa consegue neutralizar o avanço dos estrangeiros.
Assista ao filme (este vídeo não será exibido em iPad e alguns tablets Android):
"Público jovem"
Sob o slogan ' The more we are, the stronger we are " ("Quanto maior nosso número, maior nossa força", em tradução livre), o vídeo foi acusado de perder o tato no tratamento que escolheu dar aos estrangeiros, além de mandar uma mensagem política muito clara: BRICS e UE não são aliados.
Após a instauração da polêmica, a Comissão Europeia desculpou-se oficialmente e retirou o vídeo do ar. Ao justificar a propaganda, o órgão disse ao veículo britânico The Telegraph que a peça publicitária foi pensada para o público jovem, e tentou usar a linguagem dos videogames de luta para despertar o interesse por política. "O vídeo festeja as habilidades de cada um dos personagens e prega o mútuo respeito e harmonia", disse o porta-voz da comissão, Stefano Sannino.
São Paulo - Uma propaganda veiculada na União Europeia foi retirada do ar após gerar protestos e reações negativas. Ao tratar do avanço econômico dos países emergentes, os BRICs, a peça foi acusada de promover estereótipos, xenofobia e até racismo.
O roteiro é direto: uma mulher branca com as mesmas roupas do personagem Noiva/Beatrix Kiddo, do filme Kill Bill, entra num galpão vazio. Ela usa uniforme amarelo e azul (as cores da União Europeia).
De repente, sua segurança é ameaçada pela chegada de três lutadores: um de kung fu, um de capoeira e outro de kalaripayattu, arte macial indiana. Nenhuma palavra é dita, mas as referências a China, Brasil e Índia são claras (com direito a samba na entrada do Brasil). Também fica evidente a posição de antagonistas e de ameaça ocupada pelos BRICs.
O ataque dos três lutadores de minorias étnicas só é impedido porque a mulher se multiplica e forma um círculo ao redor deles. As doze personagens se transformam em estrela, e logo formam o símbolo da União Europeia. Não há embate: a representação da Europa consegue neutralizar o avanço dos estrangeiros.
Assista ao filme (este vídeo não será exibido em iPad e alguns tablets Android):
"Público jovem"
Sob o slogan ' The more we are, the stronger we are " ("Quanto maior nosso número, maior nossa força", em tradução livre), o vídeo foi acusado de perder o tato no tratamento que escolheu dar aos estrangeiros, além de mandar uma mensagem política muito clara: BRICS e UE não são aliados.
Após a instauração da polêmica, a Comissão Europeia desculpou-se oficialmente e retirou o vídeo do ar. Ao justificar a propaganda, o órgão disse ao veículo britânico The Telegraph que a peça publicitária foi pensada para o público jovem, e tentou usar a linguagem dos videogames de luta para despertar o interesse por política. "O vídeo festeja as habilidades de cada um dos personagens e prega o mútuo respeito e harmonia", disse o porta-voz da comissão, Stefano Sannino.