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"O automóvel vai virar o novo cigarro", diz Nizan Guanaes

Publicitário fez questão de dizer que é preciso ter um pouco de ambição para fazer acontecer

Nizan Guanaes: ele aproveitou a oportunidade para "vender seu peixe" e promover a agência Africa Zero (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 17h15.

São Paulo - "Não dá pra sonhar em ser 'Alexandre, o Médio'". Eis uma frase dita por Nizan Guanaes que poderia resumir muitas das características que o sócio fundador do Grupo ABC nutre em sua rotina e que foram expostas durante palestra do publicitário ocorrida durante encontro com empresários nesta sexta-feira (31).

Falando para uma plateia formada em sua maioria por executivos de médias e pequenas empresas, Nizan aproveitou a oportunidade para "vender seu peixe" e promover a agência Africa Zero, focada exatamente no anunciante do chamado middle market que objetiva crescer (como marca e como companhia).

Não seja uma empresa "Gabriela"

"A Africa Zero vem crescendo de maneira absurda porque esse é um campo muito fértil", relatou, citando o middle market.

Mas Nizan fez questão de dizer que é preciso ter um pouco de ambição para fazer acontecer.

"Eu toco pessoalmente a empresa. Não me preocupo muito com verba, me preocupo muito mais com a atitude do cara [anunciante]. Existem pequenas empresas que serão pequenas a vida inteira", explicou.

"O que eu não quero são empresas que eu chamo de 'Gabriela'. 'Eu nasci assim, eu cresci assim'", disse o publicitário em meio a risos.

Aliás, o bom humor de Nizan foi uma das marcas de sua apresentação. O empresário fez questão de dizer, por exemplo, que copiava Sônia Hess, presidente da camisaria Dudalina, que estava presente no evento.

"Eu prefiro muito mais aprender com seus erros do que com os meus", explicou olhando para a empresária que não conteve o riso, assim como o resto da plateia.

Tributos são um problema, mas bola para frente

O momento pós-eleição também não foi esquecido por Nizan. Ele fez questão de ressaltar que o Brasil possui um problema tributário grave, o que dificulta o crescimento das empresas.

"O Brasil tem um problema tributário que se você ficar pensando nele você nem acorda. Quando eu quero ter confiança eu tomo um 'pronatec­­­­­' e vou dormir", ironizou citando um dos programas de governo de Dilma Rousseff.

Seja ousado na escolha dos meios para uma campanha

Já em relação aos meios, Nizan disse que as opções de hoje em dia são "fantásticas" e é preciso ser ousado.

"Só quem pode ser tradicional é quem tem muito dinheiro pra jogar fora", afirmou.

"Hoje em dia parece que tudo virou internet. Isso não é verdade".

Para o publicitário, é muito "moderno" ficar falando só em internet.

"Inclusive agora tem um negócio chamado compra programática que é ótimo, mas vai virar ‘problemática’ porque é que nem crack: você toma, se sente poderoso, fica conquistando clientes através daquilo, mas você não constrói a sua marca".

O sócio fundador do Grupo ABC alertou que varejo em excesso é um erro e o que está acontecendo com a indústria automotiva é prova disso.

"O automóvel vai virar o novo cigarro. Presta atenção... E as empresas de automóveis não estão percebendo isso", alertou.

Ainda sobre os meios, Nizan diz que o Instagram é "fabuloso" para as marcas. "Mas o rádio também é". Os meios tradicionais, explica, não vão morrer.

"Nunca as empresas de RP cresceram tanto", disse para rebater a frase de que o jornal vai morrer.

O jornal vai morrer? Você também vai

Mesmo que um cliente diga a Nizan que o impresso está perdendo a importância, se esse mesmo executivo é citado numa nota negativa numa revista ou jornal, ele vai perder o sono.

"Se for num blog você não sente, mas se tiver impresso... [...] Quando alguém me diz que o jornal vai morrer, eu digo: 'Sabe de uma coisa? Nós dois também", explicou em meio a risos.

"Não vou é ficar fazendo pacto com a morte", alertou.

Preocupe-se com toda a comunicação de sua empresa

Nizan também explicou que a Africa Zero não se preocupa apenas com a publicidade do cliente, mas com a comunicação do anunciante como um todo.

O objetivo: construir marcas fortes.

Num dado momento da palestra, ele olhou para os sapatos de uma moça na primeira fila e exemplificou a importância de construção de marca.

"Eu olho a sola vermelha e sei que o sapato é Louboutin", explicou.

"O vinho brasileiro melhorou muito, mas a gente não conhece marcas", comentou Nizan, citando outro exemplo.

Para finalizar, o publicitário revelou que a Africa Zero é o maior sucesso que já teve em sua vida empresarial.

"Foi minha maior sacada e maior invenção", destacou.

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Falando para uma plateia formada em sua maioria por executivos de médias e pequenas empresas, Nizan aproveitou a oportunidade para "vender seu peixe" e promover a agência Africa Zero, focada exatamente no anunciante do chamado middle market que objetiva crescer (como marca e como companhia).

Não seja uma empresa "Gabriela"

"A Africa Zero vem crescendo de maneira absurda porque esse é um campo muito fértil", relatou, citando o middle market.

Mas Nizan fez questão de dizer que é preciso ter um pouco de ambição para fazer acontecer.

"Eu toco pessoalmente a empresa. Não me preocupo muito com verba, me preocupo muito mais com a atitude do cara [anunciante]. Existem pequenas empresas que serão pequenas a vida inteira", explicou.

"O que eu não quero são empresas que eu chamo de 'Gabriela'. 'Eu nasci assim, eu cresci assim'", disse o publicitário em meio a risos.

Aliás, o bom humor de Nizan foi uma das marcas de sua apresentação. O empresário fez questão de dizer, por exemplo, que copiava Sônia Hess, presidente da camisaria Dudalina, que estava presente no evento.

"Eu prefiro muito mais aprender com seus erros do que com os meus", explicou olhando para a empresária que não conteve o riso, assim como o resto da plateia.

Tributos são um problema, mas bola para frente

O momento pós-eleição também não foi esquecido por Nizan. Ele fez questão de ressaltar que o Brasil possui um problema tributário grave, o que dificulta o crescimento das empresas.

"O Brasil tem um problema tributário que se você ficar pensando nele você nem acorda. Quando eu quero ter confiança eu tomo um 'pronatec­­­­­' e vou dormir", ironizou citando um dos programas de governo de Dilma Rousseff.

Seja ousado na escolha dos meios para uma campanha

Já em relação aos meios, Nizan disse que as opções de hoje em dia são "fantásticas" e é preciso ser ousado.

"Só quem pode ser tradicional é quem tem muito dinheiro pra jogar fora", afirmou.

"Hoje em dia parece que tudo virou internet. Isso não é verdade".

Para o publicitário, é muito "moderno" ficar falando só em internet.

"Inclusive agora tem um negócio chamado compra programática que é ótimo, mas vai virar ‘problemática’ porque é que nem crack: você toma, se sente poderoso, fica conquistando clientes através daquilo, mas você não constrói a sua marca".

O sócio fundador do Grupo ABC alertou que varejo em excesso é um erro e o que está acontecendo com a indústria automotiva é prova disso.

"O automóvel vai virar o novo cigarro. Presta atenção... E as empresas de automóveis não estão percebendo isso", alertou.

Ainda sobre os meios, Nizan diz que o Instagram é "fabuloso" para as marcas. "Mas o rádio também é". Os meios tradicionais, explica, não vão morrer.

"Nunca as empresas de RP cresceram tanto", disse para rebater a frase de que o jornal vai morrer.

O jornal vai morrer? Você também vai

Mesmo que um cliente diga a Nizan que o impresso está perdendo a importância, se esse mesmo executivo é citado numa nota negativa numa revista ou jornal, ele vai perder o sono.

"Se for num blog você não sente, mas se tiver impresso... [...] Quando alguém me diz que o jornal vai morrer, eu digo: 'Sabe de uma coisa? Nós dois também", explicou em meio a risos.

"Não vou é ficar fazendo pacto com a morte", alertou.

Preocupe-se com toda a comunicação de sua empresa

Nizan também explicou que a Africa Zero não se preocupa apenas com a publicidade do cliente, mas com a comunicação do anunciante como um todo.

O objetivo: construir marcas fortes.

Num dado momento da palestra, ele olhou para os sapatos de uma moça na primeira fila e exemplificou a importância de construção de marca.

"Eu olho a sola vermelha e sei que o sapato é Louboutin", explicou.

"O vinho brasileiro melhorou muito, mas a gente não conhece marcas", comentou Nizan, citando outro exemplo.

Para finalizar, o publicitário revelou que a Africa Zero é o maior sucesso que já teve em sua vida empresarial.

"Foi minha maior sacada e maior invenção", destacou.

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