São Paulo - Os brasileiros que vão ao shopping center passam mais tempo lá dentro, mas entram em menos lojas e compram menos. Eles também visitam os shoppings atrás de lazer e entretenimento e estão mais velhos, com mais dinheiro e mais estudo. As descobertas são de um novo estudo do Ibope Inteligência. Entre 1998 e 2016, o número de shoppings no Brasil explodiu. Eram 185 locais em 1998, espalhados em apenas 81 cidades. Em 2016, são 503 centros, em 191 municípios. Os números da pesquisa usaram como amostra os clientes de São Paulo e Rio de Janeiro, apenas. Confira, nas imagens, 9 números curiosos e reveladores sobre os clientes de shopping centers.
A população brasileira está ficando mais velha. E os clientes de shoppings também - e de maneira mais acentuada. Em dez anos, 4 em 10 clientes terão mais de 45 anos. Isso impactará vários aspectos: arquitetura, ambientação, produto, promoção, localização.
Mídias tradicionais, como rádio e jornal impresso, estão menos populares entre os consumidores de shoppings. Já a mídia segmentada, como a TV a cabo, cresceu.
Apesar de mais tempo dentro do shopping, o brasileiro está entrando em menos lojas. Isso mostra que os clientes vão sem um objetivo claro de compra e precisam ser atraídos por vitrines. "Estas pessoas colocam o pé para dentro de alguma loja quando são 'fisgadas' pela vitrine. Produtos atrativos, exposição clara dos preços, entre outros fatores, devem ser muito bem planejados para que a loja seja bem-sucedida nesta tarefa", explica Márcia Sola, diretora da área de shopping, varejo e imobiliário do IBOPE Inteligência.
O fato dos brasileiros entrarem em menos lojas, comprarem menos e ainda assim passarem mais tempo no local mostra que o shopping é um espaço não apenas de consumo, mas de lazer e entretenimento. Inclusive, os shoppings aumentaram suas áreas de convivências. Shoppings antigos têm cerca de 8% de área de alimentação. Os mais novos dedicam 17% do seu espaço. Veja a motivação de visitas:
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