Wayne Rooney: jogador tuitou anúncio da Nike sem identificar como publicidade (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2012 às 15h53.
São Paulo - A Nike perdeu a batalha contra uma decisão da Advertising Standards Authority (ASA), o "Conar britânico", que baniu um tuíte publicitário do jogador de futebol Wayne Rooney porque a mensagem não estava claramente identificada como propaganda.
A campanha, que aconteceu em 1º de janeiro deste ano, mostrava atletas patrocinados pela marca falando de resoluções para os próximos 12 meses, como parte da campanha Make It Count.
Neste dia, Wayne Rooney, que tem quase 5 milhões de seguidores no microblog, escreveu "Minha resolução - começar o ano como campeão e terminar o ano como campeão", seguido da hashtag #makeitcount e de um link para a campanha da Nike.
Além de Rooney, o jogador Jack Wilshere também tuitou conteúdo semelhante.
Em junho deste ano, após receber uma denúncia, a ASA iniciou uma investigação para saber se os tuítes dos atletas traziam realmente conteúdo publicitário sem identificação.
Conforme a entidade, a ausência de um marcador - #ad ou #spon, por exemplo - nos anúncios demonstrou que a marca havia quebrado as regras de identificação de ações publicitárias.
Em sua defesa, a Nike disse que ambos os jogadores são patrocinados pela empresa e que havia conversado com Rooney e Wilshere sobre seus planos para o próximo ano. Conforme a marca, os atletas eram livres para tuitar, retuitar e comentar tuítes de consumidores como parte da campanha.
A ASA rebateu, dizendo que a parte final dos tuítes havia sido combinada com um membro da equipe de marketing da Nike, e que como os usuários do Twitter geralmente percorrem seus tuítes muito rapidamente durante o dia, é importante que as mensagens patrocinadas estejam claramente identificáveis.
No caso da Nike, segundo a ASA, não estava claro para os usuários da rede social que os conteúdos tuitados eram publicitários, nem que os jogadores são patrocinados pela marca.
Segundo o Campaign, após ter as mensagens banidas, a Nike pediu à ASA que fizesse uma revisão no processo. A entidade declinou, afirmando que não havia motivos para reconsiderar a decisão.