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Mobile é utilizado por apenas 7,5% das empresas brasileiras

SMS, sites móveis e aplicativos para smartphones e tablets apresentam grande potencial de crescimento no mercado brasileiro, diz pesquisa

Tablets: sucesso da categoria é impulsionado principalmente pelo iPad, da Apple (Divulgação)

Tablets: sucesso da categoria é impulsionado principalmente pelo iPad, da Apple (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 12h04.

Rio de Janeiro - Somente 7,5% das empresas brasileiras usam o mobile marketing para se relacionarem com os consumidores.

O índice pode parecer baixo – e realmente é –, mas representa um crescimento de 50% se comparado a 2010. Os números são da pesquisa “A Presença Mobile das 500 Maiores Empresas do País”, conduzida pela agência Mowa.

A pouca utilização da tecnologia móvel por parte das companhias pode ser explicada pela falta de educação e conhecimento do mercado sobre as oportunidades que estas ferramentas representam.

O SMS é o recurso mais praticado pelas marcas no Brasil na hora de manter contato com o consumidor, com 29% das citações. Em seguida, aparecem aplicativos para smartphones (21%), sites móveis (17%) e plataformas para tablet (13%).

Os dados mostram o potencial de crescimento deste mercado, já que praticamente todos os brasileiros possuem pelo menos um aparelho celular.

“O consumidor está pronto para receber este tipo de comunicação e vem utilizando os recursos que o celular oferece nos últimos 10 anos. Na medida em que estes recursos evoluem, a forma como o brasileiro os consome também evolui. É responsabilidade das agências e das empresas que detêm o orçamento de marketing perceber a importância destas ferramentas”, explica Guilherme Santa Rosa, Vice-Presidente da Mowa.

SMS é universal

Não é à toa que o SMS é o recurso mais utilizado. De uma forma geral, o famoso torpedo é a tecnologia mais barata, simples e democrática para as marcas entrarem em contato com clientes e consumidores.

Segundo dados da própria Mowa, no último mês foram registrados 212 milhões de celulares no país. Destes, a maioria esmagadora tem capacidade para receber as mensagens de texto, o que faz do recurso uma ferramenta universal para as empresas.


Quando o assunto é segmentação, no entanto, plataformas mais recentes como os tablets podem exercer um importante papel. O sucesso da categoria é impulsionado principalmente pelo iPad, da Apple.

Antes mesmo de ser lançado no Brasil, o gadget já era visto nas mãos de muitos consumidores que fizeram questão de garantir o seu o mais rápido possível.

“Na medida em que o iPad passou a ser vendido por aqui, começou a se proliferar. É um canal muito novo, mas efetivo. Quem quer conversar com um público altamente qualificado e criar uma boa estratégia para tablets será bem-sucedido”, acredita Santa Rosa.

Cuidado com modismos

Outro queridinho do momento é o aplicativo, seja para smartphones ou tablets. O recurso é uma maneira eficiente que as marcas têm para gerar conteúdo e se relacionarem com os consumidores e pode representar um papel importante na estratégia de marketing quando usado de forma consistente. Os números do levantamento da Mowa, entretanto, mostram que muito do que é realizado no mercado brasileiro ainda se baseia em modismos.

Enquanto os aplicativos são utilizados por 21% das empresas pesquisadas, apenas 17% têm sites móveis, o que de certa forma acaba sendo uma contradição. Na correria para acompanhar tendências, as companhias e as agências acabam pulando etapas e fazendo o dever de casa de forma incompleta.


“O site móvel deveria ser a etapa número 1. É um recurso fundamental e cada vez mais percebemos acessos aos sites institucionais por meio de celulares. Se o consumidor digita o endereço e não encontra uma versão mobile, ele recebe uma negativa da marca. Assim como hoje é uma obrigatoriedade que as empresas tenham um portal, o mesmo acontecerá em relação à versão móvel”, ressalta o vice-presidente da Mowa.

Pontos de contato móveis

Apesar da adesão por estas ferramentas ainda ser considerada baixa, há setores que já investem com mais frequência e há mais tempo. É o caso de telecomunicações.

Como já poderia ser esperado, o segmento é o que mais investe em ações mobile de forma geral, com 33%, e lidera também o uso de SMS (47%). Já os aplicativos para smartphones são os mais usados pela indústria digital (40%), enquanto os sites móveis são maioria para bancos (35%).

O segmento financeiro também é o que mais acumula investimento em tablets, com 30%. Não é para menos: O financeiro tem sido o setor precursor das novas mídias.

No boom da internet, os bancos foram os primeiros a criarem mecanismos para que os clientes não precisassem ir às agências e chegaram na frente ao lançar o mobile banking, ainda com aparelhos mais simples dos que estão hoje disponíveis no mercado.

Com a proliferação dos smartphones, a tendência é que eles continuem na vanguarda. Aparecem em destaque ainda os segmentos de varejo e bens de consumo, representados pelas empresas que lidam diretamente com os consumidores. O que não significa que outras categorias e até mesmo o B2B não tenham espaço para o mobile marketing.

“Existem serviços, mas a lacuna é maior. O B2B ainda está tateando este mundo e descobrindo a melhor forma de se posicionar. O mobile é uma oportunidade para todos os setores. Cada empresa, de acordo com o seu perfil, terá uma estratégia melhor. As marcas não precisam estar em todos os canais disponíveis, mas devem criar pontos de contato com seus públicos, tornando-se acessíveis a quem tem um celular na mão”, diz o executivo da Mowa.

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