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Microsoft "estragou" anúncio do Xbox One, diz Bushnell

Em abril, pouco mais de um mês antes da revelação do Xbox One, Nolan Bushnell apostava suas fichas no novo console da Microsoft como vencedor da próxima geração

"Eles estragaram absolutamente tudo. Quando ouvi alguns dos anúncios e as análises sobre eles, eu balancei minha cabeça e imaginei o que diabos eles estavam pensando. Era claro que aquilo não seria bem aceito", declarou o fundador da Atari (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 16h17.

São Paulo - A Microsoft não fez um bom trabalho anunciando o Xbox One. Na verdade, "eles estragaram absolutamente tudo", na opinião do fundador da Atari, Nolan Bushnell.

Para o executivo, desde o primeiro evento de revelação do Xbox One, realizado nos Estados Unidos em 21 de maio, até a retirada das medidas restritivas (sobre jogos usados e conexão periódica) do console logo após a feira E3, a Microsoft mostrou que quer mais "alugar do que vender" os seus produtos.

Em entrevista ao site VG247, Bushnell disse: "Eles estragaram absolutamente tudo. Quando ouvi alguns dos anúncios e as análises sobre eles, eu balancei minha cabeça e imaginei o que diabos eles estavam pensando. Era claro que aquilo não seria bem aceito."

Na opinião de Bushnell, o interesse da Microsoft por computação em nuvem e medidas restritivas para jogos usados tinham relação com o bloqueio de pirataria, mas acabaram mostrando um sistema de streaming que não daria a posse real do produto ao gamer.

"Eles querem vender o Office como um serviço. Eles querem que tudo esteja na nuvem para poder alugar e não vender as coisas. Quando você vê os sistemas e procedimentos deles, eles realmente não gostam de pensar no software como um objeto, já que assim ele é facilmente pirateado", afirmou Bushnell.

O executivo também argumentou a favor da troca de games. "Algumas pessoas estão dispostas a comprar um jogo antes de todo mundo, pagando o preço integral. Se você esperar um mês ou dois, pode conseguir o mesmo jogo com essa pessoa pela metade do preço. Então essa primeira pessoa terá algum dinheiro a mais para continuar comprando novos games - algo que seria inviável sem os jogos usados", concluiu Bushnell.

"Eu acho que a indústria faz mais dinheiro se você ver o quadro inteiro, já que as pessoas sempre gastarão apenas o quanto elas podem. Se só existirem preços muito altos, algumas pessoas simplesmente não poderão ter os games."

Revisão - Em abril, pouco mais de um mês antes da revelação do Xbox One, Nolan Bushnell apostava suas fichas no novo console da Microsoft como vencedor da próxima geração.

Na época, ele destacou as "fortes ferramentas de software" da Microsoft, que permitiriam que os desenvolvedores fizessem mais jogos e de forma mais rápida.

Ele também criticou as ferramentas da Sony, tendo como base o PS3, cuja arquitetura foi amplamente lamentada pelos estúdios nos últimos anos. Até mesmo o designer Mark Cerny, líder de desenvolvimento do PS4, admitiu que o PS3 era um "labirinto" para os desenvolvedores.

O Xbox One será lançado no Brasil em novembro por 2.199 reais, com Kinect incluso.

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São Paulo - A Microsoft não fez um bom trabalho anunciando o Xbox One. Na verdade, "eles estragaram absolutamente tudo", na opinião do fundador da Atari, Nolan Bushnell.

Para o executivo, desde o primeiro evento de revelação do Xbox One, realizado nos Estados Unidos em 21 de maio, até a retirada das medidas restritivas (sobre jogos usados e conexão periódica) do console logo após a feira E3, a Microsoft mostrou que quer mais "alugar do que vender" os seus produtos.

Em entrevista ao site VG247, Bushnell disse: "Eles estragaram absolutamente tudo. Quando ouvi alguns dos anúncios e as análises sobre eles, eu balancei minha cabeça e imaginei o que diabos eles estavam pensando. Era claro que aquilo não seria bem aceito."

Na opinião de Bushnell, o interesse da Microsoft por computação em nuvem e medidas restritivas para jogos usados tinham relação com o bloqueio de pirataria, mas acabaram mostrando um sistema de streaming que não daria a posse real do produto ao gamer.

"Eles querem vender o Office como um serviço. Eles querem que tudo esteja na nuvem para poder alugar e não vender as coisas. Quando você vê os sistemas e procedimentos deles, eles realmente não gostam de pensar no software como um objeto, já que assim ele é facilmente pirateado", afirmou Bushnell.

O executivo também argumentou a favor da troca de games. "Algumas pessoas estão dispostas a comprar um jogo antes de todo mundo, pagando o preço integral. Se você esperar um mês ou dois, pode conseguir o mesmo jogo com essa pessoa pela metade do preço. Então essa primeira pessoa terá algum dinheiro a mais para continuar comprando novos games - algo que seria inviável sem os jogos usados", concluiu Bushnell.

"Eu acho que a indústria faz mais dinheiro se você ver o quadro inteiro, já que as pessoas sempre gastarão apenas o quanto elas podem. Se só existirem preços muito altos, algumas pessoas simplesmente não poderão ter os games."

Revisão - Em abril, pouco mais de um mês antes da revelação do Xbox One, Nolan Bushnell apostava suas fichas no novo console da Microsoft como vencedor da próxima geração.

Na época, ele destacou as "fortes ferramentas de software" da Microsoft, que permitiriam que os desenvolvedores fizessem mais jogos e de forma mais rápida.

Ele também criticou as ferramentas da Sony, tendo como base o PS3, cuja arquitetura foi amplamente lamentada pelos estúdios nos últimos anos. Até mesmo o designer Mark Cerny, líder de desenvolvimento do PS4, admitiu que o PS3 era um "labirinto" para os desenvolvedores.

O Xbox One será lançado no Brasil em novembro por 2.199 reais, com Kinect incluso.

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